Com intenção de estreitar os laços culturais entre
Rio e Nova York, a dirtyblackdisco, marca idealizada pelo americano DJ Butter,
volta a fazer a festa dos cariocas neste sábado, no Espaço Sacadura, no Centro.
Nesta segunda edição, além do próprio Butter, o som fica por conta de Brennan
Green (NY) - dono da gravadora Chinatown Records -, Diogo Reis (Moo) ‘vs’
Badenov (Combo) e Os Ritmos Digitais (Rafael Salim, Millos Kaiser e Yugo),
enquanto Irwin Tobias Matutina assume a produção artística, inspirada em sua
provocante linguagem visual. Aliás, o designer americano ainda aproveita a
ocasião para fazer o lançamento de sua própria revista de moda, a Polanski.
O mais curioso é que tanto a festa como a revista
começou em formato de blog, um musical e o outro de fotografia, famoso por
retratar a nudez feminina de forma sutil e sugestiva.No caso do dirtyblackdisco, o blog acabou
virando site e, depois, festa, além de ter saído de Nova York e passado a
explorar novos horizontes – em especifico, o Rio de Janeiro. E olha que a
evolução não para por ai, já que o DJ Butter espera expandir sua “grife” com a criação
de um novo selo.
Como a proposta da festa é apresentar novas tendências sonoras, a festa
dirtyblackdisco não é restrita a uma única vertente. Quem aparecer para
conferir, pode se preparar para ouvir de tudo, do house ao disco e do dub ao
eletro-funk, assim como o som do headliner Brennan Green. É o verde na pista. A
dica é comprar o antecipado, que ainda está rolando. Confira um set promocional
do DJ Butter para o evento no soundcloud.
Celebrando mais um aniversário
dos DJs e anfitriões Ricardo Estrella e Nana Torres, a festa apresenta o alemão Martin Eyerer e muito mais no Fosfobox. É nesta sexta-feira (31), irmandade!
Criada de maneira
despretensiosa há quatro anos para celebrar o aniversário dos DJs e
idealizadores Ricardo Estrella e Nana Torres, a festa Brotherhood – nome que
surgiu apenas na última edição, quando ganhou uma nova cara sob o conceito da
“irmandade” – aparece como um ótimo exemplo para se falar do já famoso “amadurecimento
da cena eletrônica carioca”, mas, diante do line-up da vez, isso seria como
chover no molhado. Em uma parceria com a festa Level, do casal Flow
& Zeo, a Brotherhood desta próxima sexta-feira (31/08), no Fosfobox, apresenta o
headliner Martin Eyerer, que também celebra os sete anos de sua gravadora – a
Kling Klong. Além do alemão e, é claro, dos aniversariantes, o agito ainda conta com um
“vs” entre os paranaenses João Paulo Gromma - DJ indicado ao prêmio de
revelação do Rio Music Conference 2012, entregue a Estrella -, e Malcon Costa, além dos
paulistas Glen, que anda flertando com um dos maiores produtores da atualidade,
Maceo Plex, e teve sua track “Boogie Mafioso” embalando as festas Off Sonar nas
mãos de Danny Daze, e veterano Claudio Brio, fundador da Tropical Beats e um dos
precursores do low bpm no Brasil, que sacode a poeira para presentear os amigos
e, principalmente, os da bagunça. Como se não bastasse, no andar de cima, onde
Nana começou “cortando as músicas” há cinco anos, o som fica por conta da festa Smash, que traz Ravi
Fornari, Nicola Ragattieri, Pedro Isidoro e Betho (CWB), enquanto
o VJ Diogo Mosciaro, do Studio DCM, assume as projeções e vídeo mapping.
Celebr_ação é pouco!
“Quando
fizeram a reforma do Fosfobox e o club passou a ter duas pistas, eles
convidaram algumas pessoas do público para tocar suas seleções pessoais e me
convidaram para fazer parte do projeto. Na primeira vez, toquei cortando as
músicas porque não sabia mixar. No mês seguinte, me convidaram novamente. Ai
resolvi que se fosse subir no palco uma segunda vez teria que aprender e
merecer estar ali”, revela Nana Torres, um dos nomes em destaque na atual cena underground carioca, ao falar quando tudo "começou a começar". “Então, um amigo meu me emprestou um par de
CDJ e um mixer, e eu ficava horas em casa treinando, com suporte e umas
aulinhas do Ricardo Estrella e Krishna Gomes”, detalha a DJ, que, de certa
forma, sempre esteve envolvida com a música, já que o pai, Fernando Torres, é
baterista. “Percebi que não tinha jeito quando comecei a descobrir as formas de
brincar com a música, de mixar, de montar a história do seu set, e que
estava ficando sério quando pela primeira vez na vida consegui me imaginar
fazendo algo para sempre”, completa Nana, que, para não tirar o foco da festa, ainda anuncia mais uma atração da Brotherhood: oDJ e produtor Stival, residente do Club
Garage de Cuiabá, que vem para um “vs” no vinil com Ricardo Estrella.
Se o
conceito da Brotherhood segue a linha da irmandade, a festa, que é fruto de
amizades vindas de outros carnavais, cresce em torno e faz questão de manter
essa relação, seja em suas futuras parcerias ou até mesmo na definição de suas
atrações. Mas, como se conheceram? “Na
verdade não me lembro do momento específico ou de ter sido apresentada ao
Estrellinha. Ele era promoter da matine que eu frequentava, que, inclusive, o
Matera era o DJ”, afirma a DJ anfitriã entre risos. “Ele era aquela pessoa que
eu conhecia de vista. Depois nas festas eletrônicas ele era DJ, enquanto eu
ainda apenas frequentava. Tínhamos muitos amigos em comum, quando nos demos
conta já éramos amigos”, completa. Apesar do aniversário dos dois residentes,
como o de qualquer outro, ser comemorado apenas uma vez ao ano, a festa de
celebração não tem a obrigação de ser restrita somente a uma data. “Em breve, a
Brotherhood terá uma on day edição especial no Sky Beach Club, em Balneário
Camburiú, em uma parceria com o See One. O line será composto pelos DJs
que mais surpreenderam nas edições aqui no Rio de Janeiro. Estou muito animada,
acredito que serão edições memoráveis.”, finaliza Nana.
Amigas, Freedance
Assim como
o título de um antigo set assinado pela DJ carioca já adianta, “Inquietamina”,
as novidades não param de sair da cartola. Isso porque, além da Brotherhood,
Nana deverá apresentar mais um novo projeto, desta vez com a também amiga Rafa
Canholato, “com quem aprendeu a tocar e tocava até dois anos atrás. “O projeto
se chama Freedance e será em um local surpresa, com um som mais funk e, ao
longo do evento, mais eletrônico. O conceito não é segregar e sim unir alguns
estilos de música eletrônica boa”. Boa!
Fosfobox. Rua: Siqueira Campos, 143. Copacabana. Preço: R$ 30 (lista até 1h) até R$ 50 (na
porta) Lista amiga:listabrotherhood@gmail.com
Tentar definir as diferenças que acentuam a conhecida rivalidade entre cariocas
e paulistas não é uma tarefa das mais fáceis, nem mesmo diante dos caricatos estereótipos dessa desnecessária queda de braço. Na última apresentação do cantor,
multiinstrumentista e paulistano Marcelo Jeneci no Rio de Janeiro, realizado no
último sábado (25), no Studio RJ, a cantora Laura Lavieri, espécie de segunda
voz do musico, até tentou esboçar uma explicação para este fenômeno, porém, sem chegar a uma conclusão. Ao menos, não tão clara como a do show, que lotou a
casa, botou o público pra cantar e, no geral, “foi bem foda”. “A nossa cidade
pode ser feia, mas tem muitas coisas legais, assim como a de vocês é linda, mas
também pode ser chata”, declarou Laura, que, logo após essa primeira afirmação,
desistiu da heróica missão de minimizar essa tal rixa para agradecer o carinho dos
fãs. Neste aspecto, o próprio sucesso de Jeneci no Rio, onde
esteve recentemente para exibir um show com algumas versões de Roberto Carlos, acaba
sendo mais eficiente. Aliás, se depender do próprio artista, um dia ele ainda mora na cidade maravilhosa.
“Quando vamos ao Rio, optamos por vir de ônibus, na madrugada do dia
anterior, para poder aproveitar o dia aqui. Aproveitar para ir ao Arpoador,
passar o som pela tarde e dar continuidade ao bom dia com o show à noite. É
sempre bom estar aqui”, afirmou Jeneci logo após a segunda música. A primeira
foi “A Semana Inteira”, de Erasmo Carlos, que Jeneci trouxe para abrir o show
depois de ter feito três apresentações com Tremendão na capital paulista no
início deste mês. Além desta, o musico ainda cantou “Sorriso Dela”, também de
Erasmo, e uma versão de “Amado”, de Vanessa Da Mata. Tirando essas e outras
surpresas, o show de Jeneci se concentrou nas já conhecidas faixas de seu
primeiro álbum, “Feito Pra Acabar”, lançado em 2010. Apesar de o próximo disco estar previsto
somente para 2013, provavelmente, esse deve ter sido o último show deste
repertório em terras cariocas e, se de fato for, fechou em grande estilo.
Esbanjando todo seu talento como instrumentista, seja com o teclado, com
a guitarra ou com a sanfona, Marcelo Jeneci, que não simpatiza com o rótulo de “novos
paulistas” – referente à nova geração de talentos vindos de SP -, sobe ao palco
amparado por alguns de seus hits, como “Copo D’água”, “Por Que Nós”,
“Feito Pra Acabar”, “Dar-te-ei” e, é claro, “Felicidade” – um dos momentos mais
altos do show. Além do repertório conhecido, outro fator que se destaca no show
de Jeneci é o entrosamento de sua banda (de amigos), formada por Laura Lavieri
(voz e percussão), Richard Ribeiro (bateria), Ricardo Prado (guitarra), Stevan
Sinkovitz (guitarra) e Regis Damasceno (baixo). Após o sucesso dessa
apresentação e também a da última quinta (também no Studio RJ), da banda Os Mulheres
Negras (foto acima) – duo formado nos anos 80 pelos paulistas André Abujamra
(voz, guitarra e teclados) e Maurício Pereira (voz e sax) -, a linha que separa
Rio e São Paulo, que não se restringe somente a via Dutra, se mostra injustificável.
Antes de qualquer projeto de trem-bala, essa aproximação se firma na própria necessidade
do dialogo e da troca, já que mais do que possíveis rivais, essa cidades são verdadeiramente
complementares. Seja na cidade maravilhosa ou na terra da garoa, viva as diferenças.
Studio RJ (21) 2523-1204
Av. Vieira Souto, 110. Arpoador.
Dona de estilosas coleções de colagens, a artista apresenta a
exposição Pitonisas, uma série inspirada nas adivinhas da mitologia grega, no
lounge do Z.Bra Hostel. Cola lá para conferir!
Para você que nasceu para pitonisa. A princípio, essa frase
pode parecer estranha, mas diante dessa inquietante afirmação, a artista
Mariana Liberali encontrou mais que uma explicação, encontrou inspiração para
tirar de seu universo mais uma nova coleção de colagens: a Pitonisas, que a
partir desta quinta-feira (22/08) passa a ocupar o lounge do Z.Bra Hostel. "Esta
denominação provém da mitologia grega, na qual Píton era uma cobra imensa que
foi aniquilada pelas flechas de Apolo, então chamado de Pítio. Como este
deus também era a divindade responsável pelas previsões, este seu cognome se
estendeu às adivinhas", aponta o texto de divulgação da exposição. Neste contexto, se insere a série de Mariana, que apesar de
explorar o grafite, stencil e pastel, possui um trabalho de colagista, ou
seja, na base das colagens. Para quem não quer ficar somente na adivinhação, a
exposição ficará em cartaz durante todo mês de setembro. Vê se cola lá!
“As minhas colagens são reflexos do meu universo particular, da minha vida, das
minhas referências, das coisas que vejo e absorvo. A série Pitonisas nasceu de
um livro que comprei num sebo em Copa, sobre oráculos. E ele tinha uma
dedicatória dentro, que dizia: ‘para você que nasceu para pitonisa’... E aí
entrei nessa viagem, fui estudar sobre e fiquei fascinada pela história”,
afirma a artista, formada em Design de Moda, pelo Instituto Zuzu Angel, e com
pós em Belas Artes, pela Universidad de Barcelona. Tendo em vista a formação da
artista, inevitavelmente, a moda aparece como uma influência direta nas
colagens elaboradas, o que deixa o trabalho de Mari ainda mais conceitual.
Desta forma, cada pedaço do entorno ganha seu porquê, e seus prints ficam
cheios de estilo.
Além da
influencia notável da moda, outra característica em comum nas obras de Mariana
Liberali é a feminilidade, os encantos que rodeiam a figura da mulher. “O
feminino sempre está presente no meu trabalho. As mulheres são quase sempre o
ponto de partida. Sempre escolho uma figura, ou um rosto, e a partir daí vou
escolhendo os elementos de composição”, revela Mariana, que ainda se acostuma
com o fato de viver de arte. “Sempre fiz arte. Mas, ‘trabalhar’ com arte é
relativamente algo recente para mim. O retorno das pessoas em relação ao meu
trabalho foi essencial para que eu acreditasse que é isso seria possível”,
completa a artista. Logo após a exposição no Z.Bra Hostel (foto acima), no início de
outubro, Mari apresentará outra mostra com suas colagens, esta em parceria
com Felipe Guga.
Sobre as Pitonisas, “essas
sacerdotisas, assentadas sobre cadeiras trípodes, se debruçavam sobre
despenhadeiros completamente abertos, dos quais vapores emanavam e as induziam
aos vaticínios, que, em estado de transe, proferiam suas respostas aos que as
consultavam – uma vez ao ano, sempre no início da primavera”.
Contrariando a máxima de que terça-feira é um ótimo
dia para ficar em casa, a festa “Mini Menos”, produzida pela bartender Sandra
Mendes, chega para dar início à semana daqueles que não abrem mão de um bom set
de música eletrônica. Nesta terça (21/08), além de seus “preciosos” drinks, o
bar Doiz (Rua Capitão Salomão, 55 – Humaitá) apresenta os residentes Gustavo
Tatá e Rafael RM2 e mais um ilustre convidado: o DJ Ricardo Estrella. Mini
Menos, vai nessa!!!
Espécie de irmão mais novo do já reconhecido Meza Bar, que fica na mesma rua e
pertence aos mesmos donos, o bar Doiz se diferencia pela decoração “transada” e
o clima mais noite, com uma mini pista e tudo mais. O espaço, acolhedor e cheio
de luzes, ainda conta dois lounges e uma única vontade - agradar os mais
“descolados” e animadinhos (jovens de todas as idades), público alvo da festa e do negócio.
Como o agito rola somente até as 2h (mais o choro), aqueles que chegarem antes
das 21h, além do tempo para explorar a seleção de petiscos do cardápio, chegam
a tempo de aproveitar a moral do double chopp. Pode pegar o outro depois?
Pode, mas somente antes do juiz apitar o fim do copo amigo. A partir daí, o
assunto fica sério, o papo descontraído e o som dançante, no melhor do deep-house e redondezas.
Bar Doiz Rua: Capitão Salomão, 55. Humaitá. 2179-6620 Mini entrada: R$ 10
Dona de uma curiosa e rica sonoridade, (in)definida
como “etnopop”, a banda mohandas chama o público para transformar o sonho do
primeiro álbum em realidade. É ouvir e participar!!!
A maioria das bandas possui bases
em amizades cultivadas desde os tempos de colégio, em sessions
descompromissadas e, é claro, na afinidade musical (amor à música). Os amigos
crescem; o som também, e o que era “apenas pelo prazer” começa a ganhar comprometimento,
ou seja, assumir a função de sustento – é ai que o sapato aperta, mas isso não
vem ao caso. Ao menos, não ao caso dos mohandas (seguidores de Krishna, do
hindu), que, neste aspecto, ainda caminham descalços, mas com passos firmes e
bem dados. Formada em meados de 2010, a banda, que atualmente conta com seis
integrantes (antes eram oito) – duas mulheres e quatro homens -, prepara o
lançamento de seu primeiro álbum, a ser financiado através de crowdfunding. O
processo, que não foi escolhido por acaso e sim por questão de ideais, está em
andamento e precisa de pouco mais de R$ 6 mil para atingir a cota necessária,
enquanto o prazo termina em menos de duas semanas. Ao se deparar com essa
energia e esse curioso “etnopop”, sonoridade que, segundo o vocalista Dudu
Lacerda, é caracterizada pela fuga dos limites e definida pela indefinição, a
contribuição é tida como certa, basta ouvir essa mistura.
“A banda começou se justificando pela necessidade urgente
que tínhamos de nos expressar musicalmente. É claro que nosso contexto de
amizade, de afinidades musicais e culturais, azeitou o encontro. Mas começamos
com o intuito de tocar mesmo, uma coisa meio ‘idílica’, romântica. Logo, as
coisas foram evoluindo para uma situação mais formal, no sentido de querer
‘montar um trabalho’, ou seja, construir algo voltado pro mercado da música, um
trabalho que pudesse fazer nosso som circular”, explica Dudu (percussão e voz),
uma das seis cabeças da banda, que também conta com Bel Baroni (percussão e
voz), Diogo Jobim (teclado e sintetizadores), Micael Amarante (guitarra/sax),
Nana Orlandi (percussão e voz) e Pedro Rondon (baixo e guitarra). Do primeiro
show, realizado em fevereiro de 2011, dentro da piscina de uma casa no Cosme
Velho, a banda amadureceu muito, lançou um elogiado EP e foi buscar a interação
com o público, isso sem falar na ousadia e na originalidade do som – uma levada
meio ska, misturada com ritmos regionais e, às vezes, cantada em francês com
vozes femininas e masculinas. Tudo isso cultivado e “vivenciado” na “etnohaus”,
a casa em Botafogo onde funciona o estúdio, a sala de produção e ponto de
encontro do grupo e amigos (o QG).
“Nossas influências não se esgotam na arte musical, mas
passam também por informações de outras artes, da dança, do cinema, do teatro,
da arquitetura, da literatura, da poesia, da vida na cidade e por aí vai. Tudo
o que vivenciamos e que nos impacta, de certa forma, acaba sendo digerido e
regurgitado coletivamente em nossa música”, explica o vocalista. Mas que som
seria esse? A resposta viria na lata: etnopop!, o que abriria espaço
para uma nova pergunta. Além do título do primeiro álbum da banda, que terá
entre nove e 12 faixas – todas autorais
-, etnopop ressignifica um pensamento sobre uma prática musical e, ao
mesmo tempo, ‘funciona’ muito bem como rótulo de mercado, uma maneira de
incomodar o pré-conceito, o pronto, o genérico, o vício das pessoas em querer
encaixotar tudo - como argumenta Dudu, que ainda ressalta: “não é paradoxo, é
linha de encontro de opostos complementares. É o homem e a máquina, a natureza
e a tecnologia, o fogo e a água e o 3, que contém o 1 e 2. É um pretexto pra
gente se desvencilhar de rótulos fáceis, e também para não ter que responder
com clichês as perguntas sobre nosso gênero musical”.
O som inusitado dos mohandas não
possui uma receita certa, mas consegue se justificar muito bem na pluralidade
de seus integrantes - fotógrafos, atores, VJs, acrobatas, editores e antropólogos,
todos com uma paixão em comum: a música. “A sonoridade reflete totalmente a
formação cultural dos integrantes da banda, isso não tem a ver especificamente
com o fato de termos duas mulheres, mas com o caldeirão que se forma da soma
das nossas diferentes personalidades e gostos. O lance de não sermos apenas homens
cria uma peculiaridade não apenas estética, mas também emocional. As meninas
trazem doçura – e também, quando em vez, uma urgência, uma atitude e um senso
de desejo super decidido, que vou te dizer… ‘sai de baixo!’”, revela o
vocalista, que não poupa elogios ao falar do lado “elas” do grupo. “Trazem também
um outro horizonte de pensamento, de visão de mundo, de necessidades, sei lá,
isso sim é difícil definir. Mas posso dizer que é um trunfo, um ganho e um,
como dizemos, ‘plus a mais’”, completa.
Apesar de todo o trabalho que envolve o lançamento de um
álbum, ainda mais o primogênito, os mohandas garantem que sempre encontrarão
tempo e vontade para dar continuidade a já famosa série de apresentações na
Pedra do Leme, conhecidas como “mohandas on the rocks”. Espécie de ensaios
abertos, em meio a girassóis, luzes coloridas e máscaras, esses shows foram
fundamentais para consolidar a sonoridade proposta e, principalmente, para
aproximá-la do público. E, pelo jeito, continuarão sendo, já que a série segue na ativa. “Creio que enquanto existir mohandas, vai existir 'mohandas on the
rocks'. Não é uma coisa que tenha periodicidade certa, é uma relação que temos,
primeiro, com o próprio espaço, com a necessidade de estar com o trabalho 'na
rua', e segundo, com as pessoas, tanto o público que já é cativo e fiel,
quanto algumas pessoas que somam forças produtivas com a gente. Temos essa
parceria com a Vanusa, do Quiosque do Leme, que é uma figura genial, uma mulher
guerreira e que tem uma cabeça empreendedora, como a nossa”, revela Dudu, que,
antes de finalizar, ainda fala como anda a gravação do álbum. “As bases já
estão gravadas, temos ainda que terminar de gravar alguns instrumentos, vozes e
etc. Depois, o trabalho segue com mixagem, masterização, prensagem, as recompensas
para os devidos apoiadores do projeto e a divulgação. Aí, se Deus quiser, é
estrada, palco e o ciclo recomeçando mais uma vez”. Que assim seja, mohandas!
Restrita a amigos e convidados, a Make
My Day chega para dar início a um novo conceito de festa de música eletrônica
no Rio de Janeiro. E, pelo jeito, ninguém vai querer ficar de fora. Make it!
Na falta de casas noturnas voltadas à musica eletrônica
“underground”, as festas da cena carioca têm se reinventado, trilhado
novos caminhos e surpreendido seus amantes com uma série de inovações – fato
que apenas reflete o alto nível das atuais produções no Rio de Janeiro.
Casarões a beira mar, cinemas eróticos do centro e espaços em comunidades, para
quem achou que já tinha visto de tudo, ainda não ficou sabendo da última: a
Make My Day, uma confraternização, literalmente, “entre amigos e
convidados”. Além da preocupação com a questão do espaço e, é claro, da
sonoridade, o evento da vez chama atenção por trabalhar um ousado conceito, o da
exclusividade. Restrito somente a 400 pessoas (conhecidas), o evento realiza
sua primeira edição neste sábado (11/08) em uma mansão, no mínimo, absurda e
rodeada de verde, enquanto o line-up, que dispensa comentários, fica por conta
dos DJs Godi Osegueda, Oscar Bueno, Eli Iwasa e o hermano Ricky Ryan (ARG). É,
essa parece que veio para ficar... Make Our Day!
Partindo do principio de que “conexão é tudo nessa vida” -
como defende Giseli Duarte, uma das idealizadoras do projeto -, a Make My Day é
uma festa que nasceu da relação entre amigos (Giseli, Michel Filho, Daniel
Benedini e Ivana Poato, entre outros) e, por isso, se preocupa em promover o
“networking” e ampliar as redes sociais da vida real. “É uma festa entre amigos
e cabeças pensantes. Terá grafiteiros, advogados, empresários, produtores,
artistas, a galera da moda... Enfim, uma festa eclética, que além de se
preocupar com o local, DJs e decoração, também traz a preocupação de estimular
novas conexões”, explica a Giseli. Seguindo esta linha, os idealizadores
decidiram elaborar um esquema de seleção de público, definindo 20 “indicadores”
que, como o nome já adianta, indicam mais dez amigos (“os convidados”),
responsáveis por levar mais um “acompanhante” e pronto: a teia esta armada
(totalizando 400). Como não há venda de “senhas” (R$50) na porta, os demais
interessados podem mandar um email e aguardar a lista, sendo que o endereço só é liberado cinco horas antes de o evento começar.
O projeto, que a principio deverá
ser trimestral para não cair numa rotina, previsivelmente deverá ocorrer em um
local diferente a cada edição, mas sempre considerando os mesmos critérios:
localização, conceito arquitetônico e estrutura – algo capaz de corresponder
toda a beleza natural da cidade maravilhosa. O espaço onde ocorre esta primeira
Make My Day, por exemplo, reúne tudo isso e muito mais. Além do visual do
entorno, a mansão ocupada - uma construção em concreto repleta de quinas e
pontas – ainda conta com amplos gramados e uma chamativa piscina, sem falar na
suposta cabine do DJ. Quanto à decoração, quem assina é o Studio Neps, da
própria Giseli, e a Vidigaleria, que cederam algumas de suas artes para dar um
pouco mais de colorido. Reunindo todos esses ingredientes, o conceito foi
lançado, e a festa, que já deu o que falar antes mesmo de sua estréia, está na
atividade. Para quem se animou com a ideia de um dia assim, a dica é ficar
ligado, já que desta ninguém vai querer ficar de fora.Make My Day, Make It Happen!
Saiba mais sobre o projeto Make My Day:
contatomakemyday@gmail.com
Íntimo, feito a dois e
fruto de muito amor, o disco Gambito Budapeste (YB Music/ Bolacha), de Nina
Becker e Marcelo Callado, foi elaborado em paralelo à gravidez da cantora, aos
demais projetos solo do casal e, ainda assim, antecedeu o nascimento da
filhota. Antes da pausa para a chegada do “baby”, o casal também encontrou
tempo para realizar alguns shows de lançamento. O último da série, destinado ao
público carioca, ocorre nesta quinta-feira (09), às 21h, no Oi Futuro Ipanema.
Apesar
de ter sido finalizado somente agora, Gambito Budapeste - não necessariamente a
tática usada no xadrez - reúne músicas que já haviam sido feitas no convívio,
mas ainda não registradas. Sem muita noção de técnicas de gravação, o álbum
apresenta uma sonoridade orgânica, quase crua e amparada em muitos instrumentos
inusuais aos dois (tem até toque de telefone). Ou seja, o disco é daqueles
feitos em casa, incluindo as visitinhas dos amigos. “Um disco feito de pequenos
momentos do convívio do casal, um pouco do que acabou transbordando da vida
particular”, como explica a cantora Nina Becker em um texto de divulgação do álbum.
Com
coprodução do televisivo Carlos Eduardo Miranda e do próprio Callado, baterista
das bandas Cê (do setentão Caetano Veloso) e Do Amor, o álbum Gambito Budapeste
apresenta 13 faixas inéditas e autorais – com exceção de “Armei a Rede”,
assinada por Assis Valente (o mesmo de “Brasil Pandeiro”) e Arsênio Ottoni. Da
balada romântica “Cadê Você?” ao folk de “Packing to Leave”, o casal descreve
em detalhes suas experiências e (des)encontros, tudo em forma de música – como
a trilha sonora de uma história de amor (à música).
Oi
Futuro de Ipanema
R:
Visconde de Pirajá, 54. Ipanema. 3201-3010
Ingressos: R$ 20, R$ 10 (meia)
Lista amiga: R$ 10 (gambitobudapeste@gmail.com)
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Em sua
segunda edição, a festa apresenta os DJs Luiz Pareto, Hopper e os residentes Mike Frugaletti
e Vivi Seixas, que também fala sobre seu novo álbum – “Se berrarem toca Raul, eu
toco.”
A mais carioca das noites - a da
Lapa -, antigo reduto dos boêmios e dona de uma mistura única, é tida como uma
“noite para todos”, mas não acaba(va) atraindo aqueles que estão em busca de
uma boa festa de música eletrônica. A associação com o samba, a falta de casas
noturnas interessadas e até mesmo a distância da atraente zona sul poderiam ser
algumas das supostas barreiras para manter essa lógica, no entanto, nenhuma
delas parecia ser justificável. Ao menos, não para o produtor Eron Quintiliano,
que, ao ver toda estrutura oferecida pelo bar Leviano (Av. Men de Sá, 47), não
hesitou em querer mudar este cenário com a criação da Clubbing, uma festa
mensal com pretensão e conceito para se tornar referência no assunto. Após sua
calorosa estréia, que contou com Brazilian Wax (Pedro Piu e Krishna Gomes),
Renato Cohen, Aninha (Warung) e o casal residente (Vivi Seixas e Mike
Frugaletti), a festa mostra para que veio ao anunciar o line-up de sua segunda
edição: Luiz Pareto (de peruca) e Giulliano “Hopper”, dois nomes de
destaque da cena nacional, além
dos residentes. Na pista de baixo, o som fica por conta do Botafogo Social Club
(Doug Gray/UK & Jan Roldanus/UK), enquanto no videomapping aparecem os VJs Harebow Lex, Raphael Jansen e Natalia Tanus. “Homenagem ao Malandro” à parte, quem
aparecer por lá neste sábado (11/08) não vai perder a viagem.
“Particularmente, eu gosto muito
da Lapa. Acredito que atualmente é o grande centro noturno do mundo e
continuará sendo, pelo menos, pelos próximos cinco anos. Vejo muito funk, hip
hop, dub e discotecagem e, um ano por aqui, confesso que não vi nenhuma noite
eletrônica de referência. Após fazer algumas produções, eu conheci o Leviano e
fui surpreendido pela boa estrutura da equipe e da casa – para mim, a melhor de
médio porte na cidade. Com o tempo, conhecendo melhor o socio-proprietario Leo
Bettamio e também o programador Bruno Almeida, resolvi apresentar o projeto "Clubbing",
afirma o rodado produtor, que também assina outras noites na casa ao longo da
semana. Depois de receber aval para tocar sua ideia adiante, Eron Guintiliano
pensou logo em convidar Vivi Seixas, filha do eterno Raul Seixas, e seu marido,
o americano Mike Frugaletti, para assumir a residência e a escolha das atrações
da festa. “Logo que apresentei o projeto para Vivi, ela gostou do nome e do
projeto como um todo, e aceitou o convite para nos ajudar a fazer tudo isto vir
a acontecer”, detalha Eron.
Animada com o convite e com o
desafio de participar de um projeto de música eletrônica na Lapa, a DJ Vivi
Seixas, que já toca há mais de oito anos, também não esconde a alegria de
dividir a residência da Clubbing com o “maridão”. “Tocar junto é maravilhoso.
Combinamos que sempre um irá abrir a festa e o outro fechar, e vice versa. Mike
e eu temos o gosto musical bem parecido e, por isso, evitamos trocar muitas
musicas para não ficarmos com o mesmo som. Às vezes, quando eu gosto muito de
uma track dele, eu troco por uma track minha que ele curta. E assim vamos...
Mike tem muitos anos de experiência na minha frente, gostamos muito de pedir a
opinião um do outro”, afirma Vivi, que exalta que a festa será voltada para a
house music e suas vertentes. “É claro que um bom techno também entra. Queremos
focar em musica boa. A ideia é
termos participação de dj´s/produtores locais, nacionais e um internacional”,
completa. Além de levar música eletrônica de qualidade à Lapa, a Clubbing
também se destaca por trazer mais uma opção de festa em um novo clube. “O Rio
de Janeiro anda meio carente de clubes. Com o fechamento do Dama de Ferro, só
nos restou a Fosfobox. A chegada da Clubbing vai mudar a cara da Lapa, e o
Leviano tem uma estrutura ótima: são dois andares, com uma pista para 600
pessoas, um Sound System de qualidade e uma parede de vidro com vista para os
Arcos da Lapa”, exalta Vivi.
Se gritar toca Raul, eu toco.
Filha de um dos nomes mais
marcantes da história da música brasileira – o mais pedido, com certeza -, Vivi
Seixas parece lidar bem com esta questão, mesmo trabalhando uma vertente
musical supostamente bem distante do genuíno rock de seu pai. No entanto, o
lançamento de um curioso e quase obrigatório projeto mostra que estabelecer
conexões entre essas sonoridades não é uma missão nada impossível. Isso porque,
até o final do ano, Vivi deve apresentar seu esperado disco de remixes de
músicas do Raul. Intitulado "Geração da Luz", o álbum será elaborado
em parceria com o marido Mike Frugaletti e o produtor Plinio Profeta e também
contará com a participação de músicos como Donatinho, Alamo Leal, Arnaldo
Brandão e Pedro Augusto. “O cd dá uma roupagem nova às musicas do meu pai, sem
perder a sua identidade e mexer em suas letras, que são tão maravilhosas.
Agora, quando berrarem 'TOCA RAUL', eu toco!”, brinca a DJ, que ainda convida
os amantes da boa música para ouvir um som na noite deste sábado no Leviano.
Reunindo “fotografias
em primeira pessoa”, o projeto The Rio You, de Patrícia Thompson, revela histórias de lares e
interiores, mas não deixa os anfitriões de fora do foco. E você, conhece?
Entre, não
repare a bagunça. Pois bem, é fato que as características de uma casa podem
revelar muita coisa sobre a personalidade de seus moradores, assim como os
ambientes carregam memórias e vestígios capazes de descrever histórias
impossíveis de serem escritas. Com intenção de passar adiante essas narrativas
através de imagens, a fotógrafa carioca Patrícia Thompson, formada na Parsons
School of Design e nas movimentadas ruas de Manhattan, elaborou um curioso
projeto de interiores para reunir esses causos todos: o The Rio You. “Não foi
uma escolha pelo tema, mas sim uma descoberta. Gostava mais de andar
fotografando pelas ruas de Nova York, onde morei por seis anos, do que ficar no
estúdio fotografando moda ou portraits. Fotografava e estudava o conteúdo. A exploração
da minha identidade artística foi um processo intuitivo; sempre fui mais
atraída por construções e formas gráficas do que pessoas como tema”, revela
Patrícia.
Após rodar o mundo e conhecer diferentes
lugares inspiradores, a carioca da Big Apple, apaixonada por fotografia desde
os tempos de escola, passou a compartilhar esses cenários, mas com foco em sua
própria interpretação da história. A ideia surgiu ainda nos Estados Unidos, mas
só foi desenvolvida e trabalhada no Rio, após seu retorno no meio do último
ano. No entanto, a experiência adquirida na concrete jungle foi fundamental
para essa realização, como adianta o próprio nome do site (The Rio You). “Tinha
vontade de criar um projeto fotográfico sobre as casas das pessoas. Interesse
meu em ver como a idéia de ‘lar’ varia de pessoa para pessoa e conhecer
histórias de vidas contadas através de seu ambiente. Um projeto digital,
‘updated’ semanalmente, como uma forma de divulgar minha fotografia de
interiores”, detalha a fotografa, ressaltando que, neste caso, “o valor da
imagem está na capacidade de valorizar o ambiente”.
Dentro dos
lares, mas sem querer ficar falando com as paredes, Patrícia começou a mudar
sua postura de “fotógrafa voyeur” para “fotógrafa em primeira pessoa” e, com
isso, passou a enquadrar melhor sua convivência com o anfitrião. Ou seja, além
das descritivas imagens e de sua “viagem visual”, a fotógrafa carioca sentiu a
necessidade de falar mais sobre sua experiência com o ambiente, um fato que,
como Patrícia mesmo defende, tornou os “posts mais narrados e íntimos”. “O
texto foi uma característica que amadureceu ao longo do projeto. Como não sou
escritora, gosto de colaborar com amigos jornalistas. Isso acelera meu processo
de edição e me dá a oportunidade de compartilhar meu trabalho com profissionais
que admiro”, explica. Com essa troca e complemento, as visitas fotográficas de
Patrícia tornaram-se ainda mais interessantes; afinal, quem não se interessa
por lar/interiores e design, se interessa pela vida alheia (rs!).
Apesar da
exaltação do luxo e do requinte ser uma característica marcante e quase
inevitável da fotografia de interiores, a proposta do The Rio You, neste
aspecto, parece não ser restrita a essa espécie de padrão. “A verdade é que não
dou preferência para ambientes de luxo; muitos são recomendados. Não conheço a
maioria dos interiores antes de fotografá-los. Adoraria começar a fotografar no
Vidigal, por exemplo, onde imagino ter casas muito especiais, com vista
deslumbrante. O interessante é a variedade de lares, do Vidigal à Vieira Souto,
uma casa vivida, onde o dono se envolveu em personalizar seu espaço”, aponta a
fotógrafa sem disfarçar o entusiasmo: “Estou virando uma referência do tema, e
as pessoas estão me procurando com mais freqüência. O The Rio You está crescendo
e ainda tem muito para crescer. Quero que o projeto vire uma referência
internacional, e adoraria viajar o mundo fotografando novos hotéis, fazendas
antigas, casas de praia, etc... Sei que o melhor ainda está por vir!”. Em
outubro, por exemplo, Patrícia (na foto abaixo) apresentará uma exposição solo na Huma Art
Projects, no Humaitá. The Rio You e você, conhece?
Precursora do
movimento Manguebeat, que eternizou Chico Science e sua Nação Zumbi, e uma das
responsáveis pela consolidação da “tabacuda” levada pernambucana, a banda Eddie,
formada no final da década de 80, desembarca em terras cariocas para apresentar
seu mais novo lançamento - Veraneio, o quinto álbum de estúdio. Virado num caldeirão
borbulhante de punk rock, surf music, samba e, é claro, frevo, o show ocorre
nesta sexta-feira (03), a partir das 22h, no StudioRJ. Na sequência, a noite
fica por conta da Festa Verde e Amarelo, com o DJ Janot.
Depois de lançar “Sonic Mambo” (1998), “Original
Olinda Style” (2003), “Metropolitano” (2005) e “Carnaval no Inferno” (2009) - todos
independentes -, a banda acirrou ainda mais sua característica mistura para
formar o “Veraneio” (2012), que conta com 11 músicas inéditas e ainda traz o
vocalista Fabio Trummer, compositor de “Quando a Maré Encher”, cantando em
falsete na faixa “O Saldo da Glória”. Trata-se de uma Eddie ainda mais ousada e
segura (que o som não tem receita não).
Com participações de Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) e Karina Buhr, este novo trabalho da banda Eddie, que já encontra-se disponível para download, conta com
canções para dançar juntinho, ouvir numa tarde entre amigos de frente para o
mar e até “batendo cabeça”. Segundo
Trummer, “a música é orgânica e não segue padrões de exatidão, uma
música popular urbana do Brasil". No entanto, melhor que ouvir as
músicas é ouvir as músicas no show (aos vivos), onde o público consegue entender melhor o sentido do “original
Olinda style”.