Com produção assinada por Fernando Deperon, a festa chega a sua quinta
edição apresentando a DJ Eli Iwasa na caixa preta mais querida do Rio de Janeiro: a Fosfobox. A mi Me Gusta!
Alguns procuram apenas se
divertir, outros escolhem de acordo com o som, com as pessoas que frequentam e
com o que está “embobando” no momento, porém, todos querem uma única coisa:
fazer a festa, literalmente. Apesar das reclamações em relação à falta de casas
noturnas e de mais uma série de supostas adversidades, as festas cariocas de
música eletrônica estão se destacando por explorar novos espaços, de casarões à
beira-mar até cinema pornô, e novas propostas artísticas, como se o evento
tivesse a obrigação de obrigação de agregar novas ideias e se transformar em um
super-evento para deixar “a galera” feliz. Por outro lado, essa corrida em
busca da inovação da semana que passou muitas vezes acaba ultrapassando simples
exigências, como serviços, a qualidade do som e, até mesmo, respeito ao
público. Na contra-mão desta tendência, a Me Gusta invade o Fosfobox nesta
sexta-feira (23/03) com uma receita sem mistério e muita música. A mi me gusta!!!
Em sua quinta edição – a primeira
realizada na caixa preta mais quente do Rio de Janeiro -, a festa, produzida
por Fernando Deperon, apresenta um line up que dispensa apresentações. Isso
porque, além do DJ residente Pedro Piu, a Me Gusta apresenta Eli Iwasa
(entourage) e o projeto Rockker, formado por Kriptus Gomes e Ricardo Estrella
(Tropical Beats), que, por sinal, ainda volta às carrapetas para fechar a noite
com chave de braço. No andar de cima, ou “lounge fosfobar”, a Levada fica por
conta dos Gustavos, Tata e MM. Para dar um brilho a mais, a noite também
contará com as projeções do VJ Brainstorm. “A Me Gusta não é ‘mais do mesmo’
porque preza pela qualidade, conceito dos artistas, atendimento, projeções mapeadas, decorações,
promoções e facilidade de acesso ao publico, além de ser bimestral”, afirma
Deperon, que completa: “Temos o intuito de preservar as origens da evolução
musical, cultural e visual. As projeções do VJ Brainstorm e o conhecimento
musical do residente Pedro Piu são itens fundamentais para o sucesso da Me
Gusta”
Idealizar uma boa festa, independente do gosto da
criança, não exige muitos esforços, assim como criticar uma produção: eu queria
mais bebida, eu queria bebida mais barata e quanto é a bebida? Isso, sem falar
nos “faria uma melhor”. O fato é que o que parecia ser simples e divertido, na
verdade, é chato e trabalhoso. “No pré-evento, ficamos responsáveis pelas
reuniões com os fornecedores, os orçamentos, as visitas técnicas, as
negociações de valores e outros itens. No dia, de acordo com o cronograma
elaborado anteriormente, acompanhamos a montagem, a recepção e damos um ‘check’
nos funcionários que irão trabalhar nos bares, bilheteria, segurança,
monitoramento, decoração, abertura do evento, pagamentos, fechamento e
desmontagem”, exemplifica Deparon, que começou a vivenciar o eletrônico em
97/98, época de Fundição Progresso, Guetto, Dr. Smith, Factoria, Bunker e Base.
Apesar de todo o suor envolvido, o produtor parece não ter o que reclamar. “A
preocupação é com a satisfação das pessoas e em escutar o muito obrigado. Ver a
alegria e o sorriso estampados na cara das pessoas não tem preço”, completa.
Eli
já é... de casa - Com uma longa e reconhecida trajetória na cena eletrônica
nacional, seja como DJ residente, colunista e empresária (Heaven & Hell),
Eli Iwasa é uma referência quando o assunto é pista cheia. Mesmo depois de já ter rodado o Brasil e o
mundo, a DJ paulistana não esconde seu apreço pela cidade maravilhosa e seus
encantos. “É sempre um grande prazer vir ao Rio. Há anos me apresento e cada
‘gig’ foi especial a sua maneira. Fora que adoro essa mudança de ritmo. De
sentar num boteco para tomar um chopp(s), ir a Lapa e, é lógico, ir a praia”,
afirma Eli, que já vinha ao Rio antes de ser DJ. “Aqui, vi Laurent Garnier,
Adam Beyer, Cari Lekebusch e tantos outros artistas incríveis. Nessa mesma
época, vi pela primeira vez talentos como o Maurício Lopes e o Ricardinho NS
arrebentando na Bunker. Eu sou fã do Mau Lopes. Quando crescer, quero mixar
como ele, sério!”, ironiza a DJ, reconhecida por sua versatilidade de seus
sets, que vão desde o minimal e dos sons mais abstratos até o house e funk, sem
esquecer electro, do techno e do groove.
“Desde as grandes festas
até as instituições como o Fosfobox e o Dama de Ferro, só carrego boas
lembranças de todas as festas que toquei e frequentei no Rio. Todas as
minhas ‘gigs’ foram ótimas, com a pista sempre respondendo, gente conhecida e
sempre tocando o que gostava, sem fazer concessões. Para um DJ, não tem coisa
melhor! Mas, o mais importante de
tudo é que a cena carioca apoiou meu trabalho desde o comecinho da minha
carreira. Sou super grata pela confiança e por terem botado fé quando eu ainda
engatinhava como DJ”, ressalta Eli Iwasa, que antes de fazer as malas ainda
manda um recadinho aos cariocas: “Não vejo a hora de chegar aí e pegar a pista
do Fosfobox”. É amigos, a japa vai esquentar.
Fosfobox - R: Siqueira Campos, 143. Copacabana.
Ingressos:
R$20,00
- Antecipados
R$30 - até às 1h
R$35 - lista após às 1h
R$40 - sem lista
R$30 - até às 1h
R$35 - lista após às 1h
R$40 - sem lista