De
namoro à revelação da cena indie, a banda Letuce se diferencia por sua ousadia
sonora e pela relação de amor: à música. Nesta sexta 13, o show será no Studio RJ!!!
Manja aquelas bandas formadas por casais apaixonados? Pois
bem, essas geralmente são mais intensas, mais íntimas e, até por conseqüência
da relação carnal, mais sólidas em seus conceitos – apesar de que
quase todas as bandas, no ideal de amor à música, também acabam
vivenciando espécies de namoros (com ou sem sexo). A banda Letuce, formada por
Letícia Novaes e Lucas Vasconcelos, pode aparecer como uma opção de resposta
para a pergunta citada e também exemplificar como a paixão pode influenciar o processo de
criação musical.“É
exatamente por ai. Nunca vejo ninguém perguntar para um homem que toque com os
amigos numa banda qualquer: ‘oi, Samuel Rosa, se você brigar com o Lelo, a
banda termina?’ E isso é amor; amor carnal, sexual e fraterno. É tudo amor,
tudo com sua própria dinâmica. Mantemos a sorte que é se apaixonar por quem se
apaixona por você. Fazemos música juntos e "so far, so good", afirma
Letícia, que nesta sexta-feira (13) se apresenta, ao lado do namorado e de mais
um convidado fantasma, no Studio RJ, no Arpoador. Se não da azar, rs.
Desde
o início do namoro e do primeiro álbum, “Plano Para Cima dos Outros e Para Cima
de Mim” (2009), até o lançamento de seu elogiado segundo álbum, “Manja
Perene" (2012), a banda ganhou reconhecimento, maturidade e deixou de ser uma
brincadeirinha musical apaixonada para se transformar em uma aventura musical
apaixonante, hoje já com certo e merecido destaque na “cena alternativa”. “No primeiro disco, que compusemos juntos ao violão,
estávamos numa fase apaixonante e curiosa, fase de descobertas e afins. Hoje em dia, 5
anos e meio juntos e depois, temos outra vida, portanto nossas composições são
outras também. A Terra gira, muda, mas permanece Terra. Nosso amor mudou, mas
também permanece amor. No segundo disco, por exemplo, contamos com um baixista e um baterista no processo criativo e foi maravilhoso. Viver numa bolha só faz
sentido mesmo naquela fase inicial (e quase demente) da paixão”, ironiza o lado feminino dos Letuce, que completa: “Ter amigos é maravilhoso e amigos talentosos sempre
agregam novos valores”.
Diferente do primeiro álbum, mais intimista e contido, o
segundo e atual “Manja Perene” (Bolacha), produzido por Lucas Vasconcellos e Bernardo
Pauleira, é mais ousado e consistente em suas propostas, além de soar muita
originalidade - algo que não estamos habituados a ouvir por ai. O álbum,
praticamente todo autoral, é surpreendente a cada faixa e também dentro das próprias músicas. As variações, os descompassos e as melodias são os pilares de
um trabalho que parece não ter medo de errar, nem pretensão de ser “de ouro” e,
por isso, chama atenção por sua sonoridade. Outra descoberta deste novo disco é
que o Lucas, além de esbanjar talento em diversos instrumentos, ainda solta a voz em duas
faixas, “Areia Fina” e “Anatomia Sexual” - música que nasceu de um poema
escrito por Fábio Lima em um guardanapo. “Nosso som é o som que a gente sabe, é o som que sai. Buscamos
um som novo, por isso é difícil classificar. Hoje em dia tudo é tudo, e a
Gal Costa, por exemplo, virou até música eletrônica. Isso é maravilhoso. Há
possibilidade de tentar tudo, ser livre, para o bem e para o mal, claro. E que
bom que as pessoas embarcam na nossa onda”, afirma a cantora.
Além da sonoridade diferenciada, o “Manja Perene” ainda se destaca por um
outro fator: seu processo de financiamento, viabilizado através do crowdfunding. Imagine o artista
poder receber um investimento direto ($) de seus fãs para elaborar um trabalho
do qual eles ainda não sabem o que vai ser, mas confiam na capacidade de
criação e no sucesso do projeto. Então, esse é o ponto de partida deste curioso método de arrecadação, que, por sinal, se destaca ao levar mais independência e liberdade aos
artistas. “Em breve, o crowdfunding não será mais ser visto como um "novo
método" ou um "método alternativo", e sim como um dos métodos
possíveis. Ficamos muito felizes com a colaboração dos fãs e somos eternamente
gratos a eles”, descreve a cantora, que prefere exaltar a mistura de seu som ao levantar
bandeiras de possíveis rótulos para a dupla.“’Banda alternativa’ é uma expressão
complicada, pois tudo é "alternativo" comparado ao grande mercado.
Existe o grande mercado, e todo o resto é alternativo, seja rock, forró, mpb e
nós, os misturados”, completa Letícia Novaes, que faz questão de convidar todos
para o show especial desta sexta-feira, no Studio RJ. "Vamos tocar músicas dos nossos dois discos e vai rolar um
convidado fantasma, pois é sexta 13. Vai ser divertido, venham todos”. Vamos!
Studio RJ
Av. Vieira Solto, 110. Arpoardor (21) 2523 1204
Preço: R$ 20, R$ 10 (lista amiga)
Horário: 21h porta, 22h show.
Letuce
www.letuce.com.br
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