sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

#18

Wake Rio: uma aula de Lagoa        

Uma das maravilhas da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas aparece como uma ótima opção para a prática de esportes de verão, como o wakeboard. É só chapada!!!

Maçarico ligado! É, o verão chegou e, pelo que aparenta, não veio só para brilhar não: veio para arder. Praias e ruas lotadas, trânsito parado, aquela sensação de transe em pleno caos, um calor de “fudê” qualquer bom baiano e você parado de frente para a lagoa. Mas, que lagoa? A do português Rodrigo de Freitas, por exemplo, se exalta como uma espécie de Oasis em pleno coração do Rio de Janeiro. Além de ser um cenário postal, o "corpo de água" também é apreciado como uma ótima opção de lazer, principalmente para quem se arrisca em uma session de wakeboard, mais conhecida como “a aula do professor Marquinhos”.


Apesar de maltratada, a nossa lagoa de água salgada se tornou tão importante e emblemática para a cidade que nem o jovem da cavalaria portuguesa poderia imaginar ou justificar tal homenagem. O fato é que hoje em dia ela é disputada e usufruída por inúmeros esportistas de regatas, clubes navais, pedalinhos (porque não?) e pela furiosa lancha da Rio Wake Center - o nome da “escola” do tal Marquinhos. “Eu pratiquei todas as modalidades de esqui aquático na América, mais slalom e barefoot. Porém, depois que conheci o “Wake” quis levar isso para o Rio, já que o esporte era pouco explorado”, afirma o instrutor e piloto da lancha.


“Esporte de boy!”, até podemos entender, já que esse (pré)conceito é relacionado com a falta de acesso aos caros itens necessários exigidos pelo esporte, como a lancha. No entanto, para “deslizar na água, trabalhar o físico, ter uma boa dose de emoção e ainda arriscar algumas manobrinhas”, como descreve o professor, os R$ 200 cobrados pela hora (com direito a todos os equipamentos) parece valer a pena, ainda mais se dividir essa conta com os amigos (uma boa dica). Isso significa que seus 20 minutos podem custar cerca de R$ 50, quase o preço da massagem de cadeirinha que precisará receber após, literalmente, tomar umas lições. Prepare-se para a tareia amigo!


Além de conhecer a lagoa por dentro - com direito a fraldas e peixes - tomar umas quedas no wake e dar um passeio de lancha, a aula com o Marquinho também é válida pelas místicas lições aplicadas. Para aqueles que se interessam pelo esporte é uma grande oportunidade de praticar e aprender, como garante o especialista no assunto: “Ter oportunidade de praticar wake em uma das lagoas mais bonitas do mundo, aqui no meio da cidade do Rio, é para poucos, mas para quem quiser. Eu garanto que até mesmo quem nunca praticou conseguirá evoluir em apenas poucos minutos. Os alunos sempre saem satisfeitos, quando não satisfeitos e quebrados, e ainda voltam”, brinca Marquinhos. A dica está firmada, agora basta criar coragem e conferir. Boa cura!



Email: riowakecenter@riowakecenter.com.br / riowakecenter2008@hotmail.com
cel: 99767147

Para se manter atualizado, curta nossa página no facebook: facebook.com/ctrlaltrio

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

#17

Z.BRA Hostel: um ano de sucesso

Para comemorar um ano de existência, o hostel mais “querido” do Rio se uniu ao projeto Noon em uma festa única, a qual "transbordou o 00 de emoções" e mais.

Celebrando um ano de muito trabalho, sucesso e existência, o Z.BRA Hostel se uniu ao já conhecido projeto Noon, do requisitado casal de DJ´s Flow & Zeo, para a realização de uma festa única e, no mínimo, imperdível, que ocorreu neste sábado (17/12). O estopim foi aceso logo após a chuva, e o "agito" pegou fogo no 00, que "transbordou de emoções" ao som dos DJ´s residentes e mais: Dubshape (SP), formado por Alê Reis e João Lee, Pedro Mezonatto e Bernardo Campos, ambos do selo Molotov 21. Se perguntarem para aqueles que apareceram para prestigiar ("vish"), talvez eles possam confirmar e explicar melhor essa história, que, por sinal, não começou naquela tarde.  


Se as paredes do Z.BRA Hostel falassem, sem dúvida alguma, elas teriam muitas histórias para contar, até porque o local já foi uma casa espírita. Após um estudado e ousado projeto, o espaço se transformou, ganhou uma nova identidade e, atualmente, é mais espiritual, mas ainda uma casa capaz de acolher bem os caboclos vindos de todos os cantos do mundo. Em apenas um ano, o “Brasil com Z” ou o “Z do Brazil” roubou a cena, ganhou reconhecimento e se tornou em um dos hostels mais queridos do Rio, o mais fino com certeza (sem zebra).


Fruto do interesse e da amizade de quatro “parceiros” (Breno Novaes, Emir Bechepeche Jr, Michel Asseff Filho e Raphael Azulay), o Z.BRA nasceu, cresceu e se firmou em uma das esquinas mais cobiçadas do Leblon. “A ideia era fazer um hostel que estivesse de acordo com o nível do bairro, nada de toalha para fora da janela”, brinca Emir. “Criamos praticamente tudo, todo o conceito. Antes queríamos fazer algo do tipo paraíso tropical, porém, optamos por algo mais moderno, mas sem ser futurista”, completa Breno.


A decoração - coordenada pela Le Modiste, de Lilli Kessler e Sol Azulay -, usa muito o conceito retro, algo que diferencia muito o Z.BRA dos outros hostels, assim como suas constantes e curiosas exposições, que já abriu espaço para artistas como Pri Saboia, Noé Klabin, Alexandre Cavalcanti, Mariana Mats e Bia Prandini (atual), entre outros. “Queríamos buscar algo retro para dar uma quebrada no aspecto futurista. Queríamos algo diferente, mas sem perder a cara carioca”, afirma Breno. Com uma ambientação toda planejada, o jeito foi soltar o barco e remar. “No início foi tenso. Abrimos cinco dias antes do reveillon, casa cheia e várias complicações. Mas, isso foi um verdadeiro aprendizado, já que hoje oferecemos um atendimento bem melhor. Estamos mais entrosados”, reitera Emir.


Após um ano de ("com")vivências, o Z.BRA tem motivos suficientes para comemorar e, também, esperar por mais. “Ficamos até surpresos com toda essa aceitação espontânea, esse sucesso e carinho.  Isso só nos dá mais vontade de ter esse projeto para sempre e nos aprimorarmos cada vez mais”, exalta Michel. Para quem quiser conhecer o hostel de pertinho é melhor torcer para o mundo não acabar, já que vagas disponíveis e camas vagas somente em 2012. “A tendência agora é só crescer, em todos os aspectos. Quem quiser conhecer, será muito bem-vindo”, finaliza Breno. 

Obs: Abraços especiais para todos da equipe Z.BRA, os quais foram mencionados aqui apesar dos nomes não estarem escritos. Parabéns, mesmo!!! 

Confira o teaser da festa Z.BRA (clique aqui)

00 - Av. Padre Leonel Franca, 240 - (Planetário) Gávea

Mais informações: www.zbrahostel.com
Av. Gen. San Marti 1212, Leblon

Curta nossa página em: facebook.com/ctrlaltrio


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

#16

Feira Hype: de volta à Babilônia 

Após quatro anos, a Babilônia Feira Hype retorna já consagrada, justifica o tempo de espera e mostra muito mais, neste final de semana (17 e 18/12), no Jockey Club.

Após quatro anos de intervalo, a Babilônia Feira Hype – um evento que consagrou seu conceito e marcas como Farm, Via Mia e Espaço Fashion. – atraiu uma verdadeira multidão de cariocas no final de semana de seu retorno e mostrou que muita coisa mudou durante esses 15 anos de lonas montadas. Feirinha alternativa? Vai nessa, ou foi um dia. Trata-se de um “celeiro da economia criativa de todo tipo de arte”. Quem quiser conferir, a “feira” seguirá nos dias 17 e 18/12, das 14h às 22h, no Jockey Club. A entrada custa R$ 10, mas vale a aposta!


Organizada por Fernando Molinari e Robert Guimarães, a Babilônia Feira Hype retomou suas atividades com uma “cara” mais urbana e uma estrutura ainda maior. De fora, mais parecia o Cirque Du Soleil. Além de shows (em arena própria), rádio, workshops, DJs e trabalhos de muitos artistas plásticos, a feira conta com 220 expositores, sendo que 95% destes apresentam suas marcas pela primeira vez. A ideia é apresentar tendências na moda, na decoração e no design, algo que justifique o “dando o que falar” da coisa.


Com fama de consagrar marcas de sucesso, dez viraram redes de lojas, a Babilônia Feira Hype, em sua edição de retorno, recebeu mais de mil inscrições, ou seja, “uma nova geração de empreendedores”, como diz Molinari. Apesar das diferentes propostas e trabalhos, a procura era basicamente uma só: preços baixos. “Não é tudo bem barato, mas há coisas diferentes e que não estão em lojas convencionais”, aponta Felipe Pádua, um dos que compareceu para conferir. Em relação ao público presente (lotada), o publicitário ironiza: “O hype é mais que mainstream”.


Nos muros da moda - Uma feira que se diz hype não poderia deixar de abrir espaço para a “arte de rua”. Aliás, nem precisaria ser tão antenadinha, pois além deste conceito “dar o que falar”, os grafites já estavam lá antes da própria feira. Mas, no lado de dentro, o espaço reservado também foi bem aproveitado e representado pelos 30 artistas selecionados, entre eles: Instituto Rua (Márcio Bunnys, La Selva, Marcelo Macedo, Combone Wesley e outros), Riot de Janeiro, Rafo Castro e Alexandre Cavalcanti; Airá “O Crespo” e Marcelo La Marca, no workshop (Super Spray), entre outros.


A Babilônia Feira Hype deverá voltar em breve e, provavelmente, para ficar. Em março, o evento terá mais uma edição e a tendência neste caso é crescer, já que os produtores firmaram uma parceria com o Sebrae Rio, a Riotur e as Secretarias municipal e estadual de cultura. Se o “monstrão comedor de pessoas” - uma obra de Alexandre Cavalcanti, intitulada "Pré-histórias Agora. Animais Furiosos" -, soubesse disso, ele ficaria feliz e à espera, assim como o público carioca.


Mais informações sobre a Babilônia Feira Hype:
http://www.babiloniafeirahype.com.br/bloghype/
Veja nossa galeria de fotos na nossa página do Facebook.
http://facebook.com/ctrlaltrio

domingo, 30 de outubro de 2011

#15

Às pistas: a nova cara do lado Alt

Na contramão dos investimentos e leis de incentivo, a cena eletrônica underground carioca mostra sua nova cara e outros projetos curiosos. O tempo é de festa, boa!

No momento em que os olhos do mundo estão voltados para o Rio de Janeiro, que cada vez mais se afasta de suas maravilhas para ser internacional, os ouvidos do cenário musical poderiam não estar escutando muito bem, ainda mais se o assunto for música eletrônica. No entanto, a nova “cara” da cidade parece refletir positivamente nas pistas (de dança), que na resistência da noite a noite consegue surpreender e agradar os amantes da música de qualidade. Ou seja, além do notável amadurecimento, o “underground” carioca consegue garantir seu espaço e o que até pouco tempo atrás não havia: público interessado (em música).


Seria simples apontar falhas, traçar comparações e dizer que já frequentou lugares melhores, porém, para quem marca presença e acompanha o “submundo” carioca dificilmente não irá concordar que houve um amadurecimento considerável da cena.  Aliás, até para quem quiser negar tal afirmação será difícil, pois a galera vem forte e vem com consistência, mostrando a “cara” e muitos outros curiosos projetos. O fato é que o lado "Alt" do eletrônico evoluiu e consolidou de maneira original suas festas, produções e DJs, que carregam nas costas toda a estrutura necessária para elevar as pistas à outras dimensões.


“O amadurecimento é gradativo, tendo em vista que a cidade se prepara para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Assim, é natural que haja mais investimentos em diferentes nichos culturais. Grandes festivais de música já vêm acontecendo e, até lá, muitos virão, trazendo visibilidade e lucro. Mas, comparado com outros estados, a cena carioca ainda carece de investimento para ter uma constante programação de qualidade”, aponta o DJ e produtor Krishna Gomes, filho de Baby (do Brasil) e Pepeu Gomes, que assina o selo 11Hz Recordings e o projeto musical Freakslum, com Cícero Chaves, e atualmente o coletivo Brazilian Wax (ao lado do DJ Pedro Piu, Marcio Ribeiro e Felipe Benoliel, do Rio Neurotic Bass).


Em vez de pensar na comemoração do hexa ou esperar por uma medalha de ouro, um seleto grupo de artistas cariocas, quase no sentido literal da palavra, se destaca pela dedicação e seriedade dos trabalhos apresentados. Nesses últimos anos, eles hastearam a bandeira do pirata e fizeram do cenário eletrônico algo mais que interessante. Seja alternativa, underground ou pop de caveiras, a pista carioca possui algo único, que, inclusive, pode estar muito além do som. Mas, sem nenhuma dúvida, a evolução da sonoridade foi o estopim para todas essas mudanças. Um som original e comprometido se não posiciona a cidade dentro da rota internacional da música, já consegue chamar atenção até dos que estão mais longe. 


Apelidado como “herói da resistência” no único jornal da cidade, Bernardo Campos, ao lado de Pedro Mezzonatto, são figuras onipresente na noite, seja na residência mensal da festa Do Hauze (no Dama de Ferro), ou com o núcleo Molotov 21, que além de site é um selo musical. Bernardo, que também assina o projeto Toucan ao lado do DJ Olliver Mach, recentemente teve a idéia de reunir “as forças” para criar uma grande festa: a Quadra, que uniu o Molotov 21, a Tropical Beats (selo do casal de DJs Flow e Zeo), a La Folie (coletivo liderado pelo DJ Fernando Barbosa) e o House It (projeto do DJ Vicente Amadeo). Mas, há quatro anos, Bernardo organizava as famosas “mangue” e “pântano”, dois apelidos carinhosos de suas primeiras festas. É, de fato, as coisas mudaram amigo.


“O amadurecimento é natural ao tempo e não seria diferente com a música eletrônica. A profissionalização foi algo necessário para a cena estar onde está hoje”, aponta Ricardo Estrella, outro “onipresente” DJ e produtor carioca, que iniciou sua caminhada ainda em 1998. “O cenário ainda não é o ideal, mas trabalhamos duro para alcançar isso. Motiva-me o fato de estarmos melhorando a cada dia, tanto nas musicas produzidas, quanto nas festas realizadas”, completa Estrella, que adianta algumas de suas apostas: o Rockerr, projeto dele com o produtor Kriptus “Nytron” Gomes, o Tea Lyrics, parceria do casal Flow & Zeo novamente com Kriptus. Aliás, o produtor, irmão de Krishna Gomes, apresenta outras parcerias curiosas: Born To Be, ao lado da DJ Vivi Seixas (filha do cantor Raul Seixas), e outra com a DJ Nana Torres, uma revelação da noite carioca.


Para quem começou em 1992 - no clube Kitschnet, um dos primeiros clubes cariocas com festas de música eletrônica underground -, o DJ dos DJs, Mauricio Lopes, acompanhou de perto (dentro) todas as possíveis mudanças da cena e ainda não perdeu o fôlego. Ao contrario, olha com entusiasmo para o futuro. “É fato que o público e o interesse pela música eletrônica é maior, mas infelizmente o investimento em eventos de qualidade ainda é pequeno”, afirma. No inicio do ano, após a última reforma do clube Fosfobox, de Cabbet Araujo, Mau reeditou a festa mensal Fosfolopes, que já havia realizado ao lado de Renato Lopes. Agora, a festa voltou apresentar um nome de peso (como Anderson Noise, Luiz Pareto e Murphy) todo mês no “porão” mais querido da cidade.


Até o final de 2011, muitas festas e atrações prometem empolgar os cariocas. Quem garante isso é o coletivo La Folie, que celebrou dois anos em outubro. “Nossa festa de dois anos será somente no início de dezembro. Mas, o ponta pé já foi dado na Bootleg (que também inclui João Paulo, Marcio Careca e Jonas Rocha) convida La Folie com o duo Glocal. Em novembro, iremos passar novamente pela Fosfobox com o Oliver Klein na festa Boogie Woogie (do DJ Ricardo Estrella)”, antecipa Fernando Barbosa, um dos seis envolvidos no coletivo. Apesar de não se considerar bem um “DJ”, Fernando também assina o projeto RockPhonne, que se preocupa em resgatar músicas e estilos esquecidos.


No último fim de semana de outrubro , sexta-feira (28), a primeira edição do projeto Finest (uma iniciativa que envolveu a D.Edge Agency, a Tropical Beats, a 11Hz Records e a festa Rio Cabana) também pôde comprovar que a sonoridade do underground não está mais restrita aos "inferninhos", espécie de habitat natural. A nova festa, que contou o alemão Johnny D em sua noite de estreia, passará a ser realizada no conhecido e luminoso Café del Mar, localizado na orla de Copacabana, e contará com residência dos DJs Bruno Matera, Ricardo Estrella, Nana Torres, Pedro Piu e Marcelo Jesse, um "time de responsa" que dispensa comentários.


Em outra futura união dos núcleos Molotov21, Tropical Beats, Bootleg e La Folie,  o circuito “underground” irá brindar (consolidar) seu novo momento com a realização de mais uma grande festa: a Blend, que apresentará ninguém menos que o “top” Jamie Jones, um dos melhores DJs de house da atualidade. A esperada noite ocorre dia 14 de novembro, no tradicional Cine Iris (no Centro). “Esse ano foi realmente de muito trabalho e esperamos sinceramente que em 2012 o trabalho aumente bastante, porque assim a idéia fica melhor ainda para se trabalhar”, conclui Fernando. Sendo assim, se a cena “underground” carioca possui uma nova “cara”, esta deve estar com um imenso sorriso estampado, aguardando ansiosamente mais novidades desses artistas, entre tantos outros esquecidos, que fazem a cena acontecer. E que assim seja, pois a cidade maravilhosa mais que merece, sabe fazer...  é sonzera na caixa (preta)!!!




Facebook
facebook.com/ctrlaltrio

sábado, 15 de outubro de 2011

#14

Bicicletada: arte sobre duas rodas

Focada na relação entre arte e mobilidade, a Bicicletada Artística reunirá inúmeros “arteiros” em um verdadeiro passeio cultural, que ocontece neste domingo (16/10) a partir das 9h, no Circo Voador.  É só arrumar a magrela e conferir.

Após despertar o comprometimento em criar um debate entre arte e mobilidade, assim como exaltar a relevância da bicicleta no assunto, um simples passeio de magrela acabou resultando em um surpreendente passeio cultural: a Bicicletada Artística, que traz um rolê de bike pela Lapa, além de shows, intervenções artísticas, exposições, mostra de filmes e até a tradicional feijoada.  O encontro dos ciclistas começa a partir das 9h, nos Arcos da Lapa, e a programação seguirá durante todo o dia no Circo Voador. Pernas pra quem ti quero!

   
Reunindo talentosos músicos, DJs, grafiteiros, artistas plásticos, fotógrafos, cineastas, atores, circenses e esportistas, a Bicicletada Artística nasceu de uma simples idéia, porém, com um importante propósito: difundir a bicicleta como um importante meio de transporte alternativo. Ou seja, exaltar a paixão pela bicicleta e pelo Rio de Janeiro. Com esse ideal, o grupo de artistas cariocas busca uma nova perspectiva da cidade sobre duas rodas, com lazer, saúde e transporte consciente. Um Rio mais verde e organizado.

 
“A idéia surgiu quando fui finalizar um clipe da banda Real Coletivo Dub, em Curitiba. Fiquei pirado com toda a responsabilidade dos envolvidos no projeto quando se tratava do assunto bicicleta, além do comprometimento da galera na relação entre arte e mobilidade. Não pensei duas vezes em começar esse movimento no Rio, juntando os artistas da Lapa e Santa Teresa. Recentemente roubaram minha bike e foi o estopim para a organização da Bicicletada Artística do Rio de Janeiro”, afirma o idealizador Paulinho Sacramento, cineasta, produtor e integrante do coletivo Bike-se (www.bike-se.com.br ).


 Com objetivo de difundir esse transporte de baixo custo e ecologicamente correto, além de incentivar a população trocar o carro pela magrela, a Bicicletada também almeja cobrar das autoridades mais respeito e atenção com os adeptos das duas rodas. “A Bicicletada Artística vem para alertar uma grande maioria de que é possível se juntar para a conquista de qualquer objetivo, não só através da arte, mas a partir de atitudes, seja ela grande ou mínima. Moviment-ação!”, completa Paulinho. 

 
Essa atitude dos envolvidos faz com que a Bicicletada, mesmo antes de sua primeira edição, já apresente alguns resultados positivos, como a viabilização de um bicicletário na Lapa. “O grande objetivo é termos bicletários por toda cidade, mas isso levará tempo. Antes, precisamos começar um processo de conscientização da população pela utilização da bicicleta como transporte e todos os benefícios que ela traz, além de cobrar das autoridades campanhas exaltem esse entendimento. Hoje a mídia é voltada para venda de automóveis, o que só piora a situação a cada dia que passa”, conclui Paulinho.

Abaixo confira a programação da primeira edição da Bicicletada Artística do Rio de Janeiro:

09h – Concentração da pedalada: Arcos da Lapa em frente ao Circo Voador. Com DJ Sapucaia. Credenciamento e camisas. Distribuição de água e kit lanche.

10h - Início da pedalada: Com DJ Sapucaia tocando durante o percurso e participação especial da Orquestra Cyclophonica de Câmara de Bicicleta (http://cyclophonica.blogspot.com/).

12h - Chegada ao Circo Voador com as atrações.

Preços:
Até às 18h:
R$ 10,00 (meia-entrada/ kg de alimento/e-flyer).
R$ 20,00 (inteiro)

Após às 18h:
R$ 15,00
(meia-entrada/ kg de alimento/e-flyer)
R$ 30,00 (inteiro).

Circo do Voador (Arcos da Lapa, sem número. Lapa). (21) 2533 0354
http://www.circovoador.com.br/

Confira outras novidades em nossa página do facebook
http://www.facebook.com/CtrlAltRio  

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

#13

Rio 2011: cinema aos cariocas

Até o próximo dia 18/10, o Festival do Rio 2011 exibirá mais de 350 filmes, de 60 países diferentes, em 18 locais da cidade cinematográfica. Pipóca não, vamos lá!

Os adoradores da sétima arte devem estar sorrindo à toa, ao menos os cariocas ou os que estiverem pelo Rio de Janeiro nos próximos dias. Isso porque, desta quinta-feira (06) até o dia 18/10, a 13ª edição do Festival do Rio, uma verdadeira maratona do cinema, irá exibir ao público mais de 350 filmes, de 60 países diferentes, em 18 locais da cidade. Para quem não quer perder tempo nas filas, a dica é a venda dos passaportes de 20 ingressos (R$ 160) ou 50 (R$ 300), disponíveis no site (ingresso.com). Haja pipoca amigo!


Nesta edição de 2011, o evento chega ao Rio destacando três longas nacionais já prestigiados em festivais estrangeiros (“O Abismo Prateado”, de Karim Ainouz; “Girimunho”, de Helvécio Marins e Clarisse Campolina, e “Histórias Que Só Existem Quando Lembradas”, de Julia Murat), além de filmes assinados por Gus Van Sant (“Inquietos”), Martin Scorsese (“Public Speaking”), Todd Solondz, ("Dark Horse") e, enfim, Pedro Almodóvar. O mais recente trabalho do cineasta espanhol, “A Pele Que Habito”, que marca o retorno de Antonio Banderas (espécie de ator-fetiche) ao seu imprevisível universo, foi exibido na sessão de abertura. Mas, terá mais é só ficar ligado.


Com mais de 350 filmes, a programação é dividida em mostras, como: Panorama, Expectativa 2011, Première Brasil, Première Latina, Midnight, Gay, Fronteiras, Dox, Filme Doc, Geração e Meio Ambiente. A mostra Itinerários Únicos, por exemplo, integra o festival pela segunda vez e foca o processo criativo de artistas em diversas áreas. Já a Foco Itália revela as recentes produções do cinema italiano, assim como Imagens de Israel, Made in USA e 50 anos da Semana da Crítica, que também integram o festival.


Apesar de lidar com números expressivos, o festival também se preocupa com apresentações mais delicadas, caso da adaptação do romance de Jorge Amado, “Capitães de Areia”, que é dirigido por sua filha Cecília Amado, e o “O Palhaço”, de Selton Mello. Ambos os filmes integram a categoria “Hors Concours”, da Première Brasil. O Festival do Rio 2011 ainda terá um espaço dedicado exclusivamente ao cultuado diretor de filmes de terror Dario Argento, que virá ao Rio para participar do evento, além de homenagear os diretores Béla Tarr e Patrício Guzmán..


É luz, câmera e música, esfera gritante desta 13ª edição. O cineasta paulistano Eduardo Coutinho (“Um Edifício Chamado Master”) buscou saber por que as pessoas cantam, entrevistando 42 pessoas de todas as classes sociais no centro do Rio de Janeiro. Essa pluralidade pode ser vista no documentário “Canções”, que faz parte da categoria Competição Longas Documentários. “Living in The Material World” (de Martin Scorsese), sobre o ex-Beatle George Harrison, e “Pearl Jam Twenty”, que narra trajetória da banda grunge de Eddie Vedder sob o olhar do diretor Cameron Crowe (“Quase Famosos”), se destacam na categoria Midnight Música e aparecem como um dos mais procurados pela platéia.


Para fechar com chave de ouro, na sessão oficial de encerramento, o festival exibirá ao publico o documentário “Raul - O Início, o Fim e o Meio”, de Walter Carvalho. Outra novidade do evento é a inclusão do Cine Carioca, que fica dentro da UPP do Complexo do Alemão, além do projeto Cine Tela (com telões aberto ao publico em Realengo). Isso sem falar na participação do projeto Cinema Livre, que ocupa praças e comunidades com projeções públicas gratuitas.


Além de fazer a alegria dos apaixonados por cinema, o Festival do Rio 2011 reforça toda a importância do Rio de Janeiro na indústria cinematográfica, já que a cidade é a principal investidora no país. Em 2009 e 2010, a Prefeitura destinou R$ 37,5 milhões para atender 75 projetos de empresas cariocas. Somente até o fim de 2011, cerca de R$ 20 milhões devem ser repassados para atender mais de 95 propostas. O festival carioca ainda não chega a ser um Cannes, mas também não há essa pretensão. O nível das produções nacionais, somado o interesse do publico, tem garantido com muito esforço filmes e eventos originais (do Samba). Bravíssimo!

Escolha seu filme e baixe a programação completa do festival http://www.festivaldorio.com.br/

Acompanhe outras novidades em nossa página do facebook
facebook.com/ctrlaltrio

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

#12

Cupcake: uma viagem de bolinho

Após roubar a cena no seriado “Sex In The City”, o bolinho de se comer com os olhos agora exibe sabores carioca, mas sem deixar  de lado sua imagem de “europeu”.

Muitos dizem que o tal do cupcake é inglês, servido nos chás da Rainha. Outros, dizem que é inglês, passou pela Austrália e acabou nos Estados Unidos. Mas, há quem afirme com propriedade que foi mesmo na terra do Tio Sam, aliás é uma verdadeira febre por lá. No entanto, o que é cupcake? É o bolinho colorido de se comer com os olhos que Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha, personagens da série “Sex In the City”, se deliciavam na famosa Magnolia Bakery, situada no coração de Manhattan. Agora, quem passar pelo Leblon (quase nosso Upper East Side) também irá se deparar com uma loja especialista nisso: a Cups&Co.


Apesar de estar situada em uma região nobre, exibir uma imagem muito bonita e apresentar um espaço realmente bem acolhedor, o cupcake da Flávia Dias, a dona da loja, não é caro, é uma delícia. Quem não se intimidar perante a iguaria poderá perceber que o bolinho com cara de brinquedo pode ser uma boa opção para um lanchinho amigo. “Sempre gostei de cozinhar e de doces. Ao descobrir que não havia nenhuma loja de cupcakes no Rio e um público que com certeza se tornaria cativo de uma loja com ambiente ‘europeu’ e cupcakes de vários sabores com cafezinho etc..”, afirma Flávia.


Para quem está habituado com os BB/Bibi/Polis/Big Néctar, ver uma loja de bolinhos quase que oníricos e delicados pode ser uma coisa de “fresco”, mas fresco são os cupcakes, e o pessoal tem aparecido para conferir? “Tem sim, poucas pessoas que vêm aqui experimentam o cupcake pela primeira vez. E a aceitação do público foi muito boa. Muitos ainda preferem os tradicionais bolos, mas estão aos poucos trocando essa cultura pela dos cupcakes, inclusive para festas”, afirma a jovem, que assume toda responsabilidade da loja aos cuidados e miminhos da mãe Eliane.


Quem for experimentar as delicinhas da Cups&Co. irá se surpreender com a diversidade de opções e sabores. Como tudo no Brasil ganha uma adaptação, os cupcakes cariocas também apresentam algumas inusitadas novidades, mas nada que seja um frango catupiry/ calabresa com cheddar da vida. Sobre a idéia, Flávia fala como quem entende do assunto: “Os homens geralmente preferem os salgados. A idéia veio justamente para suprir essa necessidade ou até mesmo para os que não podem comer, caso dos diabéticos. Além disso, temos também diets e os sem lactose”.


A loja Cups&Co. está aberta, inclusive para atender festas, e pode ser uma boa alternativa para quem quer fugir do calor, do tumulto da volta para casa ou buscar um espaço para relaxar: comer um cupcake pode ser a boa. “O corujão de música e poesia já fez um evento aqui na loja, e nós apoiamos o projeto, além de apoiar a leitura de livros em geral e incentivar nossos clientes a ler um livro enquanto tomam seu cafezinho com cupcake, ouvindo um jazz”, convida Flávia, que em breve deve abrir uma nova na loja na Barra da Tijuca. É de dar àgua na boca. 

Descubra os sabores dos cupcakes, acesse Cups&Co.

Serviço:
Cups&Co. (R: Almirante Pereira Guimarães, 72 C. Leblon).
(21) 3264-3282

Acompanhe outras novidades em facebook.com/ctrlaltrio

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

#11

Noé: não é apenas pinta de artista

Com seus quadros e esculturas, Noé Klabin leva a fantasiosa arca de mutações, entre homens e bichos, rumo ao Z.Bra Hostel, onde será exposta a partir do 01/10. 

“Sereia com braços de lula, cavalo de asas, homem com corpo de cobra e braço de serrote e outras mutações artísticas, literalmente, roubam a cena na fantasiosa “arca” de Noé Klabin. Entre desenhos, quadros e esculturas, o artista carioca reúne alguns de seus curiosos trabalhos para montar a exposição “Os Bichos”, que será apresentada a partir do dia 01/10, no Z.Bra Hostel. Aliás, a casa está aberta para quem quiser conferir de perto.


“O título foi a última coisa a ser definida. Quando percebi : a série era de bichos, coloridos, como a sereia com braços de lula, o homem com corpo de cobra e braço de serrote, o cavalo com asas, etc.. Depois dei o nome, Os Bichos. É um mundo de fantasias na minha cabeça que eu coloco pra fora em forma de arte”, afirma o artista, que também carrega essa influência para sua outra esfera de trabalho: a música. “O nome do meu primeiro disco também é O Bicho e traz uma foto minha com rabo de sereia e asas na capa”, completa Noé Klabin.


A natureza aparece como um tema singular às esferas de trabalho de Noé Klabin, que não é um aventureiro, mas se arrisca ao expor à pratica as idéias de seu subconsciente. “O que você chama de "aventureiro", enxergo como uma necessidade minha de estar em contato com a natureza e com fortes emoções. Isso sim influencia muito a minha arte e pode ser visto nos meus trabalhos. Se eu estiver no atelier sou artista, se estiver, por exemplo, no topo de uma montanha, sou aventureiro. O negócio é mergulhar profundamente naquilo que se está vivendo naquele momento”, dispara.


Por influência do avô, Chico Calmon, Klabin começou a pintar e desenhar desde cedo. Mas, só mais tarde começou a se “expressar com intuito e dar ao mundo um pouquinho mais de emoção”. Não satisfeito, Noé também passou a se dedicar às esculturas. “As esculturas surgiram há pouco tempo, quando senti uma necessidade de fazer meus desenhos saírem do papel”, justifica. Porém, as esculturas apresentadas por Noé surpreendem pela sua proximidade com o fantasioso imaginário do artista. Dia 05/10, na festa Araka, por exemplo, Noé apresentará seu trabalho com esculturas feitas em madeira.


“A exposição vai estar até o dia 28 de outubro, quem não puder ir à vernissage pode passar lá no Z.Bra Hostel depois, na hora que desejar. No dia da inauguração (01/10), vale a pena ir para tomar um drink e torcer para alguém se animar o bastante para fazer um "pole-dancing" no "pole" que se encontra no bar”, convida Noé Klabin.

“Life is what happens to you while you are busy making other plans!!!”

Serviço: Z.Bra Hostel (Av. General San Martin, 1212. Leblon)

Para saber mais sobre o trabalho de Noé Klabin, basta conferir seu blog ou conta no MySpace 

sábado, 24 de setembro de 2011

#10

Araka: uma "festa" para artistas

Há cinco anos conectando e reunindo inúmeros artistas de diferentes vertentes, Michel “Araka” Mendes faz da arte um verdadeiro agito coletivo de conteúdo. Boom!

Imagine uma festa, que reúna diversas manifestações artísticas, idéias e ideais, mas sem deixar de lado uma boa música e uma cerveja gelada a alto custo. Certamente não é tão difícil e até já imaginaram há uns cinco anos, época que o artista plástico Michel Mendes começou a pôr em prática seu “poder de conexão” para juntar os diferentes trabalhos e propostas espalhadas pelo Rio de Janeiro. Essa é o projeto Araka – Quem tem medo da Aracy? , que terá sua próxima edição na quarta-feira, dia 05/10, no 00, na Gávea.  


Apesar de soar estranho, o nome Araka, na real, é o apelido de uma inusitada jurada do show de calouros de Silvio Santos nos anos 80 (Vish!). Ao lado de Pedro de Lara, Aracy de Almeida se destacava por ser extremamente rígida com os calouros, principalmente com os iniciantes. A mulher, “perneta”, era uma megera. Como a “festa com conteúdo” abre espaço para novos artistas a cada edição, o sugestivo nome de Araka veio justamente para brincar e relembrar essa fera da TV brasileira. Porém, no Araka do Michel, o calouro artista não precisa temer, já que o objetivo está longe de ser (re)aprovado ou não. O justo, não acha?


“Havia trocado a profissão (fisioterapia) para fazer vestibular novamente em Belas Artes na UFRJ. Apesar do medo da incerta carreira de artista, toda vez que conhecia alguém que vivia de arte eu acreditava que era possível. Além disso, o contato com pessoas criativas alimentava ainda mais minha arte”, afirma Michel, que concretizou seu projeto após passar pela “Hospedaria Carioca”, um projeto semelhante ao Araka. “Senti muita falta desses momentos e decidi eu mesmo fazer os encontros. Assim criei o ARAKA, mas adaptando algumas coisas”, conclui Michel Mendes.

O ARAKA foi tão importante pra minha vida que hoje é muito comum algum novo amigo me encontrar na rua e ao me apresentar para alguém falar: "esse aqui é o Michel Araka", virou até sobrenome. Não ligo e até me divirto!

Cinco anos depois, Michel parece ter feito a escolha certa e até brinca com o sucesso de sua iniciativa, que já o levou até para a mítica Ilha de Caras. “Antes do Araka eu era limitado, trabalhava com artes visuais, depois passei a trabalhar com cultura. Lá, por exemplo, encontrei a cineasta Juliana que hoje é minha esposa”, revela o artista e organizador da festa. “O Araka me ensinou a interpretar a cultura do meu tempo e o comportamento humano, fazendo com que suas as ações antecipem tendências - e até necessidades - que ninguém previa ou esperava. Motivamos pessoas a adotarem essas inovações e levá-las para seu cotidiano”, completa.


Entre pintura, grafites, poesia, teatro, fotografia, performances visuais, moda, toy-art e música, a próxima edição da Araka, que acontece uma vez por mês, terá um tema tão bem humorado e inteligente quanto o nome desta verdadeira folia da arte. Os trabalhos irão focar um episódio que assustou(a) os moradores do Rio: explosão de bueiros. “Esse lance estava me deixando louco, então pensei em um protesto bem humorado. Os artistas fariam alguma intervenção artística nos bueiros da cidade e mandariam as fotos pra gente. Mas, como começou a pintar esculturas, pôsteres, adesivos, eu decidi expor esses trabalhos”, finaliza Michel “Araka” Mendes.


Aos interessados, Michel deixa o convite no ar: “Se alguém quiser expor sua arte conosco estamos sempre abertos para a participação de novos artistas, para isso basta enviar um email com imagens de sua arte para o emai: artearaka@gmail.com”.

Acompanhe o Araka no TwitterFacebook e no site.

Serviço:
Araka: 05/10, no 00 (Av. Padre Leonel Franca, 240. Planetário)
Tel: (21) 2540-8041/ 2540-8042
http://www.00site.com.br/

Acompanhe nossa página no facebook
facebook.com/ctrlaltrio

sábado, 17 de setembro de 2011

#9

LoMo: foto à moda "das antiga"

Entre workshops e roles fotográfico, a loja da Lomography no Rio faz de suas câmeras uma febre entre os “descolados”.  Fish Eye, Color Splash, Action Sampler, Diana e La Sardina, qual é o seu modelo preferido?

Seria pouco provável esperar que em plena “era digital”, onde até os telefones tiram fotos “perfeitas”, o mundo fotográfico analógico voltasse a ganhar espaço. Na contramão dos megapixels, as câmeras da Lomographic andam fazendo a cabeça da galera alternativa, ou dos apaixonados por fotos artesanais e rolos de filmes mesmo. Exibindo diversos modelos, as “LoMo(s)” podem ser especificas para sua necessidade, porém, todas abrem espaço para uma foto com assinatura. Aqui, o importante não é só registrar e apagar, mas construir, desenhar e explorar a sua imagem de realidade.


Tudo começou no inicio da década de 90, quando dois estudantes em Vienna, na Áustria, se depararam com uma pequena e enigmática câmera Russa: a Lomo Kompakt Automat, que tirava fotos excelentes com uma saturação profunda de cores e efeitos vibrantes. Para poder agradar os amigos, que também queriam possuir o “brinquedinho”, os amigos desenvolveram a idéia da Lomography! Logo, a iniciativa se transformou em “uma comunidade global, apaixonada pela criatividade e pelo experimentalismo do mundo fotográfico analógico.”


Atualmente, as diversas e divertidas câmeras Lomographic aparecem com sucesso em muitos países ao redor do mundo, tornando-se um verdadeiro símbolo de resistência para os adoradores das “ultrapassadas” máquinas de filmes. No Brasil, até o momento, há apenas uma única loja, localizada em Ipanema (Rua: Visconde de Pirajá, 365 – sobreloja), no Rio de Janeiro. Aliás, não se trata apenas de uma loja, mas de um ponto de encontro entre os amantes da LoMo. Além de câmeras e acessórios, o espaço também oferece cursos e organizar passeios fotográficos coletivos, os famosos “roles Lomográficos”.


A partir de outubro, a loja da Lomographic apresentará uma agenda cheia de atividades aos interessados em aprender e compartilhar um único assunto: câmeras LoMo, sejam dicas de uso, cursos específicos, técnicas fotográficas ou histórias baratas não registradas. Até o dia 20/10, haverá também uma “Pop Up Store” (quiosque) da LoMo dentro da loja da Farm, também em Ipanema. Depois de aprender um pouco sobre o conceito, conferir os modelos disponíveis e escolher por onde começar é X!!! (“bater”)...  Porém, para ver se as fotos ficaram boas, teremos que esperar até a revelação. Depois nos conte, até breve!!!

Para saber mais sobre a Lomographic, acesse o site da loja, ou a página do facebook. 

Curta a nossa facebook page! facebook.com/ctrlaltrio

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

#8

Irã: pulso forte e click preciso

Longe do conflituoso contexto político, a exposição Pulso Iraniano revela aos cariocas um Irã mais que surpreendente. Até o dia 30/10, no Oi Futuro Flamengo.

Apesar da imensa distância, tanto física quanto cultural, que separa o Rio de Janeiro de Teerã, capital do Irã, a exposição fotográfica Pulso Iraniano revela ao público carioca um lado ainda desconhecido da republica islâmica, porém, incrivelmente mágico e surpreendente. Reunindo imagens e inéditos vídeos de artistas contemporâneos, a mostra, inaugurada dia 13/09, será apresentada até o dia 30/10, no Oi Futuro Flamengo. Detalhe: a entrada é gratuita para os leitores do Ctrl+Alt+RIO. (risos) 


 Localizado em uma parte estratégica do Oriente Médio, sob valiosas reservas de petróleo, o Irã possui uma imagem e uma postura “complicada” internacionalmente. Aliás, independente do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad e do famoso conceito de “eixo do mal”, não é essa fotografia iraniana que nos interessa (ao menos não agora). Embora seja difícil de fugir da influência de um contexto conflituoso, o nosso foco é basicamente no panorama cultural, nas entrelinhas e nas fotos nunca antes revelada.


Com curadoria e direção artística assinada por Marc Pottier, a exposição Pulso Iraniano tem como objetivo mostrar a força dos novos trabalhos desenvolvidos tanto no Irã quanto em outros países, para onde alguns artistas buscaram refugio para continuarem a desenvolver seus respectivos trabalhos. Para facilitar a compreensão, as obras serão dividas em Poesia, O Espírito da Celebração, Mulheres, Guerra e Tradições.

“Os iranianos são irmãos espirituais dos brasileiros. Além de conseguirem trabalhar com todas as adversidades, eles também celebram, gostam de dançar e cantar”, explica Marc Pottier.

O panorama da arte contemporânea iraniana é traçado com cuidado, porém, sem nenhum tipo medo. A preocupação é apenas com o visitante, que certamente não deve saber muito sobre o país que irá (re)conhecer. Para facilitar a compreensão e também para aprendermos um pouco mais sobre a rica cultura do povo Persa, o filme Irã Revelado é uma boa sugestão. Aliás, o público poderá conferir o filme como uma forma de introdução as fotos de Bahman Jalali, um dos mais importantes do país, que viveu em Teerã e morreu em janeiro de 2010.


Além das fotos em preto e branco do fotojornalista Abbas, do Diário do Irã, um dos destaques da Pulso Iraniano é a poesia, uma manifestação artística bem relevante na cultura iraniana e, por isso, apresentada em sala específica. A poesia está tão presente no dia-a-dia do Irã que se pode ouvi-la mesmo durante as manifestações de rua, com gritos, reclamações e críticas ao governo”, revela o curador Pottier, que ao lado do cineasta Seifollah Samadian, da poetisa Sanam Emami, além dos artistas Shadi Ghadirian e Amirali Ghasemi, auxilia mais de 80 artistas, entre 25 e 40 anos.


Diversas poesias são vistas nas paredes, retomando os temas da exposição. E, no final, o público também é presenteado com uma cópia de um dos poemas da artista Hafez (século XIV), cuja obra Divan é tão vendida quanto o Alcorão (a bíblia islâmica), no Irã. O mergulho na cultura iraniana aparentemente é raso, porém, intenso. Para quem estiver disposto a quebrar essa barreira existente entre os preconceitos poderá compreender que existem muitas semelhanças entre os dois povos (irmãos espirituais, como definiu o curador Marc Pottier). Após desfrutar da exposição Punho Iraniano conte-nos um pouco sobre o Irã que descobriu. Ctrl+Alt+Teerã!

Pulso Iraniano (serviço)
até 30 de outubro
Oi Futuro Flamengo (Rua: Dois de Dezembro, 63)
de terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca/ Classificação etária: 12 anos

Curta nossa página no facebook