terça-feira, 24 de julho de 2012

#46

BoraTrazer: DJ´s da gringa no Rio

Seguindo a mesma linha do ‘Queremos’, mas com DJ´s, o projeto de arrecadação coletiva chega para suprir a carência de nomes internacionais na cena eletrônica carioca. E ai, BoraTrazer?

“Como posso trazer os melhores DJs do mundo, mudar o cenário da música eletrônica no Rio de Janeiro e ser VIP de verdade em uma festa de grande porte?”. Nessas alturas da noite, essa missão seria restrita somente aos últimos dos homens morcego. Mas, o BoraTrazer, um projeto de arrecadação coletiva que segue a mesma influencia do já bem-sucedido Queremos, também é capaz de apresentar respostas para essas três perguntas em alto e bom som - ao menos, esse é o objetivo. “O Queremos nos serviu de inspiração com certeza! Como aficcionado por música que sou, já fui a alguns shows do projeto e chegamos à conclusão de que a idéia serviria como uma luva para a carência de DJs internacionais em festas na nossa cidade”, aponta o produtor e DJ Binho S., um dos idealizadores da iniciativa, que, por sinal, já começa a sair do papel nesta quarta-feira (25), na Fosfobox. A noite do lançamento do site (www.boratrazer.com.br) contará com os DJs João Paulo, Marcio Careca e Ricardo Estrella. Bora lá!!!


“A viabilização de eventos como esse, através do crowdfunding, possibilitará que DJs internacionais, que geralmente só passam por São Paulo, Floripa e outras poucas cidades, também possam tocar no Rio e em uma noite bacana, com estrutura e qualidade”, completa Binho S., que assume o Boratrazer ao lado do também produtor e DJ Rafael BZ e do designer gráfico Marco Gomes, responsável por toda parte visual do projeto. Além do lançamento do site, o BoraTrazer também abre a votação para definir a principal atração de sua primeira festa, marcada para o dia 14 ou 28 de setembro (dependendo do DJ escolhido).  Aliás, a escolha dos Djs acaba sendo um diferencial do projeto, enquanto o suposto artista perdedor ainda poderá participar de outras disputas. Desta forma, o mata-mata da vez fica entre: Morgan Geist, um experiente DJ americano que vem chamando atenção com o atual projeto Storm Queen (festa dia 28/09), e o alemão Thomas Schumacher (festa dia 14), que, como o nome já adianta, acelera qualquer pista com sua mistura de techno e techhouse. E ai, a decisão é sua (nossa), e o prazo se estende somente até o dia 30/07.(os reembolsáveis serão vendidos já no dia seguinte, 31).


A carência de DJs internacionais, assim como a falta de bandas já foi um dia, é uma reclamação unânime na noite do Rio de Janeiro. No entanto, o bom momento da cidade e, principalmente, de seus artistas e produtores acabam suprindo a falta de investimento para seguir surpreendendo o público, que, por sua vez, mantém acesa essa chama (que eles aparecem). Neste caso, o próprio sucesso dos projetos artísticos de arrecadação coletiva comprova que as pessoas não querem apenas ir à festa, mas investir e fazer a bagunça também – como explica Binho S.: “Achamos justo que o cara que investiu em um ingresso reembolsável, ajudou a trazer o artista, mobilizou os amigos, fez campanha para o projeto e ajudou confirmar a atração internacional, pague um valor mais barato que o da bilheteria normal (ainda não há definição de valores). Assim, nosso “investidor”, além de poder ir de graça à festa (caso atinja a cota necessária), na pior das hipóteses, vai pagar o preço mais barato no ingresso (caso a cota não seja atingida, mas o evento seja confirmado). Afinal, ele “trabalhou” para isso e foi fundamental para que o evento acontecesse. A gente quer que ele se sinta realmente importante”.


“Foi a partir das nossas próprias dificuldades em realizar eventos, com pouco ou nenhum recurso, que identificamos no modelo de crowdfunding a possibilidade de mudarmos a cena eletrônica da cidade. Já estamos trabalhando no processo do projeto há quase um ano e só agora conseguimos concretizá-lo, graças aos esforços dos amigos, parceiros e de muito trabalho de pesquisa”, completa um dos idealizadores, que ainda exalta que a proposta não é competir com os demais artistas da cena, é contribuir e fortalecer. A festa ainda não possui muitas definições (como locais e freqüência de edições), mas o conceito já foi apresentado e a primeira edição deve ocorrer em um espaço inédito no centro. “Acho que a mobilização de quem está insatisfeito com a atual cena eletrônica poderá tornar essa mudança possível. O público, ávido por novidades e festas de qualidade, é o principal objeto de mudança deste cenário. Se cada pessoa que curte DJs internacionais de qualidade, em festas com boa estrutura, acreditar no projeto e se mobilizar para fazê-lo acontecer, temos certeza de que essa mudança poderá acontecer mais rápido do que se imagina”, finaliza o produtor e DJ.

Fosfobox
R: Siqueira Campos, 143. Copacabana.
www.fosfobox.com.br

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