BoraTrazer: DJ´s da gringa no Rio
Seguindo a mesma linha
do ‘Queremos’, mas com DJ´s, o projeto de arrecadação coletiva chega para
suprir a carência de nomes internacionais na cena eletrônica carioca. E ai, BoraTrazer?
“Como posso trazer os
melhores DJs do mundo, mudar o cenário da música eletrônica no Rio de Janeiro e
ser VIP de verdade em uma festa de grande porte?”. Nessas alturas da noite,
essa missão seria restrita somente aos últimos dos homens morcego. Mas, o
BoraTrazer, um projeto de arrecadação coletiva que segue a mesma influencia do
já bem-sucedido Queremos, também é capaz de apresentar respostas para essas
três perguntas em alto e bom som - ao menos, esse é o objetivo. “O Queremos nos
serviu de inspiração com certeza! Como aficcionado por música que sou, já fui a
alguns shows do projeto e chegamos à conclusão de que a idéia serviria como uma
luva para a carência de DJs internacionais em festas na nossa cidade”, aponta o
produtor e DJ Binho S., um dos idealizadores da iniciativa, que, por sinal, já
começa a sair do papel nesta quarta-feira (25), na Fosfobox. A noite do
lançamento do site (www.boratrazer.com.br) contará com os DJs João Paulo, Marcio Careca e Ricardo Estrella. Bora lá!!!
“A viabilização de
eventos como esse, através do crowdfunding, possibilitará que DJs
internacionais, que geralmente só passam por São Paulo, Floripa e outras poucas
cidades, também possam tocar no Rio e em uma noite bacana, com estrutura e
qualidade”, completa Binho S.,
que assume o Boratrazer ao lado do também produtor e DJ Rafael BZ e do
designer gráfico Marco Gomes, responsável por toda parte visual do projeto. Além do
lançamento do site, o BoraTrazer também abre a votação para definir a principal
atração de sua primeira festa, marcada para o dia 14 ou 28 de setembro (dependendo do DJ escolhido). Aliás, a escolha dos Djs acaba sendo um
diferencial do projeto, enquanto o suposto artista perdedor ainda poderá
participar de outras disputas. Desta forma, o mata-mata da vez fica entre: Morgan
Geist, um experiente DJ americano que vem chamando atenção com o atual projeto Storm
Queen (festa dia 28/09), e o alemão Thomas Schumacher (festa dia 14), que, como o nome já adianta, acelera
qualquer pista com sua mistura de techno e techhouse. E ai, a decisão é sua (nossa), e o prazo se estende somente até o dia 30/07.(os reembolsáveis serão vendidos já no dia seguinte, 31).
A carência de DJs internacionais, assim como a falta de bandas já foi um
dia, é uma reclamação unânime na noite do Rio de Janeiro. No entanto, o bom momento da cidade e,
principalmente, de seus artistas e produtores acabam suprindo a falta de
investimento para seguir surpreendendo o público, que, por sua vez, mantém
acesa essa chama (que eles aparecem). Neste caso, o próprio sucesso dos projetos
artísticos de arrecadação coletiva comprova que as pessoas não querem apenas ir
à festa, mas investir e fazer a bagunça também – como explica Binho S.:
“Achamos justo que o cara que investiu em um ingresso reembolsável, ajudou a
trazer o artista, mobilizou os amigos, fez campanha para o projeto e ajudou
confirmar a atração internacional, pague um valor mais barato que o da
bilheteria normal (ainda não há definição de valores). Assim, nosso
“investidor”, além de poder ir de graça à festa (caso atinja a cota
necessária), na pior das hipóteses, vai pagar o preço mais barato no
ingresso (caso a cota não seja atingida, mas o evento seja confirmado). Afinal,
ele “trabalhou” para isso e foi fundamental para que o evento acontecesse. A
gente quer que ele se sinta realmente importante”.
“Foi a partir das
nossas próprias dificuldades em realizar eventos, com pouco ou nenhum recurso,
que identificamos no modelo de crowdfunding a possibilidade de mudarmos a cena
eletrônica da cidade. Já estamos trabalhando no processo do projeto há quase um
ano e só agora conseguimos concretizá-lo, graças aos esforços dos amigos,
parceiros e de muito trabalho de pesquisa”, completa um dos idealizadores, que ainda exalta que a proposta não é competir com os demais artistas da cena, é contribuir e
fortalecer. A festa ainda não possui muitas definições (como locais e
freqüência de edições), mas o conceito já foi apresentado e a primeira edição
deve ocorrer em um espaço inédito no centro. “Acho que a mobilização de quem
está insatisfeito com a atual cena eletrônica poderá tornar essa mudança
possível. O público, ávido por novidades e festas de qualidade, é o principal
objeto de mudança deste cenário. Se cada pessoa que curte DJs internacionais de
qualidade, em festas com boa estrutura, acreditar no projeto e se mobilizar
para fazê-lo acontecer, temos certeza de que essa mudança poderá acontecer mais
rápido do que se imagina”, finaliza o produtor e DJ.
Fosfobox
R: Siqueira Campos, 143. Copacabana.
www.fosfobox.com.br
R: Siqueira Campos, 143. Copacabana.
www.fosfobox.com.br
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