domingo, 15 de janeiro de 2012

#20

Lamparina: acesa a festa no Vidigal

Fruto de um Caldo Cultural, a festa Lamparina ilumina de um coletivo de ideias que está mudando a "cara" do Vidigal com muita animação e, principalmente, cultura. Tá ligado?


Coletivo de idéias; produtora de criação; grupo de amigos do teatro; espaço de experimentação artística e, ao mesmo tempo, diversão, além de outras coisas a mais. O que seria e quem estaria por trás disso? Na certa, deve ser uma galera bem empolgada. Mas, na real, são cinco pessoas - as quais não encheriam nem uma van com destino ao Vidigal, local onde essa história começou -, os responsáveis pela criação do evento que tem dado o que falar e, também, mudado o modo de fazer festa (na favela): a Lamparina, uma festa estilo "sala da casa de amigo", onde todo mundo é anfitrião. Segundo Carol Vaz, que conheceu a festa agora, esse foi o clima da primeira edição de 2012, realizada em plena sexta-feira 13/01.


Apontada como uma das melhores festas de 2011, além de promessa para o verão 2012, a ideia da festa Lamparina começou a ser moldada ainda em 2006, quando o grupo, formado por André Luiz, Carolina Ivancevic, Mariana Quintão, Marcelo Mello e Pierre Santos, resolveu fazer uma festa no Vidigal que unisse diversos tipos de arte. Assim, nasceu o Caldo Cultural (mais Coxia Produções, de Nelson Marcondes e Jonathan Haagensen). “A vontade era criar um espaço de experimentação artística e ao mesmo tempo diversão, deslocando a vivência cultural dos lugares usuais para fazer com que as pessoas subissem o Vidigal e conhecessem o lugar incrível que é. Um lugar privilegiado da zona sul” descreve Carolina Ivancevic.



“Ao longo de três anos de realização, o grupo comprovou o potencial tanto dos realizadores quanto do Vidigal como um pólo cultural. Em 2009, paramos por falta de patrocínio, mas retomamos o projeto agora no final de 2011”, acrescenta Mari Quintão. Por falar em 2011, o ano foi bem “agitado” para o coletivo, que, além de ter retomado o Caldo (com um pequeno apoio da Secretaria de Cultura), se transformou em uma produtora de criação e eventos (a Solos Coletivos e produções), deu início a festa Lamparina e ainda formou uma outra: a LUVidgal. Esta última é o encontro do coletivo com a conhecida Luv, de Nicole Nandes. Quem explica melhor isso é a própria Carol: “A festa LUV era uma festa que frequentávamos e adoramos, é um movimento de Black Music no Rio e não apenas uma festa. Pensando em fazer o bonde do amor subir o morro, fizemos a LUVidigal, uma festa bailão, que agora terá sempre uma edição mensal com convidados diferentes, pocket shows entre outras boas surpresas ".



“A 'cara' dos nossos eventos, como a festa Lamparina, também carrega a personalidade da produtora e da vivencia artística dos integrantes do grupo. Além de atores, todos trabalham com cenário, luz, figurino, roteiro, produção, cinema, televisão e criação de vídeo. Ou seja, tudo envolvendo criação. Essa atmosfera intimista se reflete nos nossos eventos. Criamos sempre um cenário peculiar, uma luz criativa, um conceito musical que se aproxime do público através de um viés artístico e até poético”, conclui Carol Ivancevic, que acrescenta que acrescenta que quem vai a oficina durante o dia não consegue nem imaginar a  festa linda que se torna a noite. Os eventos da Lamparina (Luvidigal e Lampa) , inclusive, foram considerados um dos 50 melhores pela Revista de Domingo (do O Globo). É o calor dessa  Lamparina. E preparem a mascara, que a próxima edição será um baile a fantasia (10/02). Antes, rola a LUVidigal, dia 03/02. Simbora?



Saiba mais sobre a festa: facebook.com/lamparina.afesta



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