domingo, 20 de janeiro de 2013

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Lumen: a primeira de Lucas Luz

Com cores, texturas e formas inspiradas na natureza, o jovem paulista apresenta sua primeira individual a partir do dia 24/01 no Z.Bra Hostel. Abra os olhos e, então, veja.

“São infinitas as influências naturais que permeiam nossa volta, sendo que as maiores belezas podem ser encontradas nas coisas mais simples - como a casca de uma arvore, por exemplo -, mas quem ligaria para uma casca ou para o canto de um pássaro em um mundo onde a floresta é cinza, os prédios brotam, os carros vivem e os ruídos parecem cantar?”. Tendo o viver a vida como principal fonte de referência e inspirado na observação da natureza, o jovem paulista Lucas Luz, que há pouco trocou o ritmo urbano de São Paulo pelos encantos da cidade maravilhosa, reúne suas características cores, luzes e texturas em telas de diversos tamanhos para dar forma a sua primeira individual: a Lumen, que, segundo “o pai dos burros”, representa uma unidade de medida de fluxo luminoso (símbolo: lm) emitido por um ponto em todas as direções. Baseada em diferentes fontes de luz, geometrias naturais e estruturas orgânicas, a exposição de Lucas se destaca ao partir em direção a um desconhecido mundo vivo e constante, destacando toques psicodélicos e transcendentes. É abrir os olhos e, então, ver, a partir da próxima quinta-feira (24/01) no Z.Bra Hostel (Av. General San Martin, 1212. Leblon).


Com desenhos que parecem querer sair do papel para tomar forma na realidade, Lucas acabou aperfeiçoando seus traços em um universo paralelo ao da pintura: o da tatuagem, onde o jovem de apenas 18 anos também se destaca e, o melhor, sem fugir de seu estilo. Seja na pele ou no branco da tela, as criações do menino Luz se destacam por serem muito próprias, ou seja, por trazerem particularidades e conceitos bem definidos. “Meu objetivo é despertar a luz das pessoas e inspirar sonhos, fazer com que os mesmos apreciem mais a natureza, vivam e sintam mais”, aponta o artista, que também revela um pouco mais sobre sua primeira individual: “É uma transição entre meu estilo e técnica, mais psicodelia, cores, texturas, luzes e formas inspiradas na observação da natureza. Terão telas de diversos tamanhos, todas feitas com tinta acrílica e com alguns desenhos em lápis de cor”. Apesar da pouca idade, Lucas chega a sua primeira individual com propriedade de quem sempre esteve próximo à arte, fato que o fez a deixar a escola aos 15 anos de idade só para se dedicar inteiramente à pintura e à tatuagem. No entanto, sua relação com o óleo começou muito antes, desde os tempos de leite.


“Minha mãe pintou telas a óleo por muitos anos antes de eu nascer, flores e paisagens lindas. Sei que, às vezes, ela pintava murais enquanto me amamentava, sem saber do risco que o óleo tinha de intoxicação, o que levou ela a parar de pintar alguns anos depois. Isso ocorreu de uma forma extremamente natural, sempre gostei muito de desenhar e lembro-me de ter feito alguns cursos de pintura já aos oito anos. Mas, acabei ficando só no papel mesmo. Somente anos depois voltei à pintura, por volta dos meus 12 ou 13 anos de idade, quando ainda morava em Peruíbe e já comprava revistas de tatuagem para desenhar”, revela Lucas Luz, que também fala de onde veio sua paixão pela tatuagem: “Um dia entrei no estúdio do Poppeye e fiquei fascinado por todas aquelas informações. Me lembro de ouvir um heavy metal irado, uma mesa de sinuca, desenhos pra tudo quanto é lado, estatuetas nas paredes, chamas na geladeira e o barulho da maquininha. Eu ficava horas do lado vendo ele tatuar e folheando seus livros de caveiras sem falar nada. De pouco em pouco, comecei a pensar: ‘Acho que eu conseguiria fazer isso, acho que eu seria muito feliz fazendo isso’”.


Mesmo com todas as disparidades envolvendo a tatuagem e pintura, Lucas articula seu trabalho muito bem entre as duas esferas, como se uma fosse fundamental para evolução da outra e vice-versa. “São duas coisas totalmente diferentes, mas extremamente ligadas, já que o que estudo nas telas acaba influenciando no que tatuo. A pintura é muito intima e pessoal, normalmente me isolo do mundo alguns dias pintando e posso experimentar o que quiser. Cada vez mais tenho tentado expressar e compartilhar algo além de desenhos bonitos e bem finalizados”, aponta Lucas. “O processo em si, do começo ao fim, é uma experiência extremamente satisfatória para mim. Já a tatuagem possui uma relação entre artista e cliente, o que te faz conhecer muitas pessoas diferentes e legais. Apesar de ser um trabalho limitado, é incrível pensar que uma arte sua vai andar viva pelo mundo, o que motiva a me dedicar cada vez mais e buscar sempre a evolução, saindo do lado comercial. Tatuo por amor mesmo e, por esse motivo, estou sempre buscando evoluir meu estilo para poder dar realmente o melhor de mim”, completa o novo acariocado, que chegou ao Rio a convite dos irmãos Hugo e Rique Inglez para fazer parte do coletivo Galeria Nove Cinco e, consequentemente, tatuar e viver de arte.


Se a arte de Lucas evoluiu de maneira natural, assim como sua visão artística se expandiu junto com a técnica, o Rio de Janeiro também aparece como uma nova influência no trabalho do “menino Luz”, algo que, por sinal, ele não faz questão nenhuma de esconder: “Com certeza! A qualidade de vida no Rio de Janeiro é impressionante. Só o fato de poder acordar cedo, abrir a janela e ver um céu absurdo já vale apena. O contato com a natureza é mágico. Estou há pouco tempo aqui, mas conheci lugares e vi coisas que nunca tinha visto na minha vida até então”, descreve o jovem artista. “O Rio é uma cidade muito linda e muito cara, mas acho que é um sacrifício que vale a pena. Para mim está sendo ótimo e não quero sair daqui tão cedo. Mudei-me para cá pela oportunidade de poder trabalhar perto de artistas que admiro e respeito muito, além de poder evoluir tanto artisticamente como profissionalmente. Está sendo um processo ótimo. No Rio, definitivamente, as paradas acontecem”, finaliza Lucas Luz, ciente de que a Lumen é apenas sua primeira exposição e a primeira individual dos artistas da Galeria Nove Cinco. Outras virão ao longo do ano, aguardem! Mais informações sobre o coletivo: http://www.facebook.com/novecinco

Confira o teaser da exposição em: http://vimeo.com/57553934

Z.Bra Hostel -Av. General San Martin, 1212. Leblon.


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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

news

Panorama Petrobras é teatro toda 4ª



Dando continuidade à programação da Mostra de Teatro – Panorama Petrobras Distribuidora de Cultura, que começou na última semana com “A Farsa da Boa Preguiça”, a peça “Tomo Suas Mãos nas Minhas” volta aos palcos nesta quarta-feira (16/01) no Sesc Ginástico. Além das duas citadas e de mais dois infantis, a mostra apresentará a preços populares mais 13 montagens produzidas entre 2011 e 2012, como o cômico cordel de “As Cochambranças de Quaderna” (dia 23) e a romântica “A História de Nós 2” (dia 30). Abaixo, confira a programação completa.


Tomo Suas Mãos nas Minhas

Olga Knipper, uma jovem atriz iniciante, e Anton Tchekhov, um renomado escritor - este mais velho e já doente de tuberculose -, se conheceram durante uma leitura de “A Gaivota” no Teatro de Arte de Moscou. No entanto, devido ao clima gélido da cidade, Tchekhov é obrigado a passar uma boa parte do ano longe de Olga, que, por sua vez, segue em Moscou por conta dos seus compromissos com o teatro.

A partir daí, o casal inicia uma intensa troca de correspondência. Ao todo, durante os seis anos de convivência entre os dois, foram mais de 400 cartas, as quais se encerraram com a morte prematura do autor. Os escritos, além de revelar o amor entre ambos, também aborda a dedicação e a paixão do casal pelo teatro. Com Roberto Bomtempo e Miriam Freeland (ou Symone Strobel, de stand-in).

23/1 - As Cochambranças de Quaderna
30/1 - A História de Nós 2
6/2 - Velha é a Mãe!
27/2 - Antes da coisa toda começar
13/3 - Enfim, Nós
20/3 - Federico Garcia Lorca – Pequeno Poema Infinito
27/3 - Corte Seco
3/ 4 - Besouro Cordão de Ouro
10/4 - A Carpa
17/4 - Sade em Sodoma
1/5 - Açaí e Dedos
15/5 - O Capitão e a Sereia
29/5 - Tartaruga de Darwin

Teatro Sesc Ginástico Av. Graça Aranha, 187. Centro.
Toda quarta-feira, às 19h.
Ingressos: R$5 (associados Sesc Rio), R$10 (jovens de até 21 anos, estudantes e maiores de 60 anos) e R$20 (inteira).

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

news

Tattoo Week chega ao Rio em clima de festa

Em tempos em que a tatuagem se mostra distante do estereótipo marginalizado de outrora e cada vez mais próxima do conceito artístico - não necessariamente o milenar, mas o lucrativo -, o Rio de Janeiro entra no calendário oficial dos principais encontros do mundo com a realização da Tattoo Week - Convenção Internacional de Tatuagem e Body Piercing, que, como não poderia deixar de ser, já chega fazendo festa (e das boas). Em sua primeira edição, entre os dias 04 e 06/01 (de sexta a domingo), o evento ocupa o Armazém 4 da Zona Portuária logo com 170 stands, tendo os principais nomes da cena nacional e mais 70 artistas de fora, como Steve Sotto (EUA), Bob Tyrrel (EUA), Murran Billi (Italia), Nikko Urtado (EUA), Adri Oest (Alemanha), Cezar Meskita (UK), Emilia Drzewuka (Holanda), Carlos Amorim (Portugal) e Gonzalo Lopes (Uruguai), entre outros. Trata-se de um grande intercâmbio entre tatuadores e visitantes, o qual foi organizado para reforçar essa tal aceitação e exaltar o valor da tatuagem através de novas técnicas e tendências, incluindo desenhos e pintura em telas.

Além de workshops (com os americanos Steve Sotto, Nikko Urtado e Bob Tyrrel), palestras, concursos e, é claro, zilhões de tatuagens, a Tattoo Week também acaba chamando atenção por suas festas, sendo um ritmo diferente a cada noite (rap, eletrônica e samba). “A ideia é oferecer aos nossos convidados, sejam turistas estrangeiros ou de outras cidades, um painel da cena musical carioca, uma mistura de música eletrônica, rap e rodas de samba em um mesmo evento”, diz Junior Araujo, um dos idealizadores. Se a mistura é válida e interessa a Tattoo Week, as atrações anunciadas fazem da convenção um verdadeiro festival musical e são capazes de agradar até mesmo “os futuros diferentes”, ou seja, aqueles que ainda não possuem interesse em ter tatuagens espalhadas pelo corpo - como observa Sylvio Freitas, diretor do evento e tatuador.  Essa é, no mínimo, para ficar marcada, seja na pele ou na memória...

Abaixo, confira a programação.

Sexta 04/01  - hip hop/black music
MC Marechal
Eletrobase
Psycho Relm (EUA)
Black Alien
DJ Flávia Xexeo

Sábado 05/01 – eletrônica
Tim Healey (Inglaterra)
D-Nox (Alemanha)
Dimitri Nakov (França)
Matera
Ricardo Estrella
Filipe Skull

Domingo 06/01 – samba/ grupos de capoeira
Grupo Abadá Capoeira
Banda Soul de Brasileiro
Empolga ás 9
Bateria da Portela

Local: Armazém 4 – Zona Portuária.
Convenção: das 10h às 22h. Festas: das 23h às 4h.
R$ 50 (meia-entrada): Com um pacote ou lata de leite em pó, qualquer pessoa terá direito a pagar meia-entrada (com SHOWS INCLUÍDOS).

Mais informações: http://www.tattooweekrio.com.br/index_rio.php


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