quinta-feira, 6 de outubro de 2011

#13

Rio 2011: cinema aos cariocas

Até o próximo dia 18/10, o Festival do Rio 2011 exibirá mais de 350 filmes, de 60 países diferentes, em 18 locais da cidade cinematográfica. Pipóca não, vamos lá!

Os adoradores da sétima arte devem estar sorrindo à toa, ao menos os cariocas ou os que estiverem pelo Rio de Janeiro nos próximos dias. Isso porque, desta quinta-feira (06) até o dia 18/10, a 13ª edição do Festival do Rio, uma verdadeira maratona do cinema, irá exibir ao público mais de 350 filmes, de 60 países diferentes, em 18 locais da cidade. Para quem não quer perder tempo nas filas, a dica é a venda dos passaportes de 20 ingressos (R$ 160) ou 50 (R$ 300), disponíveis no site (ingresso.com). Haja pipoca amigo!


Nesta edição de 2011, o evento chega ao Rio destacando três longas nacionais já prestigiados em festivais estrangeiros (“O Abismo Prateado”, de Karim Ainouz; “Girimunho”, de Helvécio Marins e Clarisse Campolina, e “Histórias Que Só Existem Quando Lembradas”, de Julia Murat), além de filmes assinados por Gus Van Sant (“Inquietos”), Martin Scorsese (“Public Speaking”), Todd Solondz, ("Dark Horse") e, enfim, Pedro Almodóvar. O mais recente trabalho do cineasta espanhol, “A Pele Que Habito”, que marca o retorno de Antonio Banderas (espécie de ator-fetiche) ao seu imprevisível universo, foi exibido na sessão de abertura. Mas, terá mais é só ficar ligado.


Com mais de 350 filmes, a programação é dividida em mostras, como: Panorama, Expectativa 2011, Première Brasil, Première Latina, Midnight, Gay, Fronteiras, Dox, Filme Doc, Geração e Meio Ambiente. A mostra Itinerários Únicos, por exemplo, integra o festival pela segunda vez e foca o processo criativo de artistas em diversas áreas. Já a Foco Itália revela as recentes produções do cinema italiano, assim como Imagens de Israel, Made in USA e 50 anos da Semana da Crítica, que também integram o festival.


Apesar de lidar com números expressivos, o festival também se preocupa com apresentações mais delicadas, caso da adaptação do romance de Jorge Amado, “Capitães de Areia”, que é dirigido por sua filha Cecília Amado, e o “O Palhaço”, de Selton Mello. Ambos os filmes integram a categoria “Hors Concours”, da Première Brasil. O Festival do Rio 2011 ainda terá um espaço dedicado exclusivamente ao cultuado diretor de filmes de terror Dario Argento, que virá ao Rio para participar do evento, além de homenagear os diretores Béla Tarr e Patrício Guzmán..


É luz, câmera e música, esfera gritante desta 13ª edição. O cineasta paulistano Eduardo Coutinho (“Um Edifício Chamado Master”) buscou saber por que as pessoas cantam, entrevistando 42 pessoas de todas as classes sociais no centro do Rio de Janeiro. Essa pluralidade pode ser vista no documentário “Canções”, que faz parte da categoria Competição Longas Documentários. “Living in The Material World” (de Martin Scorsese), sobre o ex-Beatle George Harrison, e “Pearl Jam Twenty”, que narra trajetória da banda grunge de Eddie Vedder sob o olhar do diretor Cameron Crowe (“Quase Famosos”), se destacam na categoria Midnight Música e aparecem como um dos mais procurados pela platéia.


Para fechar com chave de ouro, na sessão oficial de encerramento, o festival exibirá ao publico o documentário “Raul - O Início, o Fim e o Meio”, de Walter Carvalho. Outra novidade do evento é a inclusão do Cine Carioca, que fica dentro da UPP do Complexo do Alemão, além do projeto Cine Tela (com telões aberto ao publico em Realengo). Isso sem falar na participação do projeto Cinema Livre, que ocupa praças e comunidades com projeções públicas gratuitas.


Além de fazer a alegria dos apaixonados por cinema, o Festival do Rio 2011 reforça toda a importância do Rio de Janeiro na indústria cinematográfica, já que a cidade é a principal investidora no país. Em 2009 e 2010, a Prefeitura destinou R$ 37,5 milhões para atender 75 projetos de empresas cariocas. Somente até o fim de 2011, cerca de R$ 20 milhões devem ser repassados para atender mais de 95 propostas. O festival carioca ainda não chega a ser um Cannes, mas também não há essa pretensão. O nível das produções nacionais, somado o interesse do publico, tem garantido com muito esforço filmes e eventos originais (do Samba). Bravíssimo!

Escolha seu filme e baixe a programação completa do festival http://www.festivaldorio.com.br/

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