Black Alien: um
álbum no sonho coletivo
Após
ganhar uma segunda chance no Catarse, o Mr. Niterói volta a recorrer aos fãs
para financiar seu esperado volume 2, um “novo clássico” que já passsou da hora de sair do papel. Babilon by us!!!
Às vésperas de completar uma década do
lançamento de “Babylon by Gus – vol 1: O Ano do Macaco”, o primeiro e notável
disco solo do rapper Gustavo Black Alien, a possível realização do esperado
volume 2, prometido desde a chegada do primeiro, entusiasmou todos os fãs do
rap nacional. No entanto, a campanha do Mr. Niterói (de São Gonçalo) no site de
arrecadação coletiva Catarse não conseguiu atingir os R$ 80 mil previstos para
a realização do tal sonho, chamado “Babylon by Gus – vol 2: No Princípio Era o Verbo”.
Devido à relevância do projeto, tanto sentimental quanto sonora, o ex-Planet
Hemp Black Alien ganhou uma nova chance, e a campanha voltou ao site de “vaquinha
virtual” nessa semana. Agora, com uma considerável redução de custo, não
temos mais desculpas, temos que realizar essa missão e, se possível, antes do
dia 30 de dezembro, quando termina o prazo.
“Conseguimos reduzir o orçamento final
porque surgiram diversos fãs interessados em nos ajudar durante esse tempo de
campanha - com estúdio de gravação, por exemplo. Desta forma, conseguimos reduzir
o orçamento para R$ 40 mil", explicou Leo Motta, produtor do artista, que,
em outros tempos, chegou a receber o rótulo de um dos melhores rappers do país. Atualmente, longe dos focos, da depressão e das desandadas, Black Alien
consegue refletir sobre a realização do seu segundo álbum de estúdio, que, por
sinal, também contará com produção de Alexandre Basa – o mesmo do primeiro. “A
gente está criando, com a humildade de olhar para trás, a curiosidade de olhar
para frente e a coragem de se olhar no espelho para ver que artistas somos
hoje" diz ele na página da campanha, na qual também demonstra estar com a
rima mais que afiada. Afinal de contas, trata-se do “Mr. Niterói – A Lírica Bereta”,
como assegura o título do documentário de Ton Gadioli sobre a vida do artista. O curioso, neste caso, é que o filme começou a ser rodado em 2007, época em que Black Alien se desfez dos dreads.
Antes dessa efervescência toda, em novembro do ano passado, alguns dias
depois do anuncio da turnê do Planet Hemp, o rapper ressurgiu depois de anos no escuro com uma faixa
inédita, intitulada "Para quem a carapuça caiba", uma letra que,
mesmo sem ser explicita, veio carregada de críticas em torno de sua relação com
o antigo grupo. Mas, na ocasião, esse suposto primeiro single do projeto, que conta
com coprodução assinada por Papatinho, o beatmaker do Cone Crew Diretoria, não
chegou a criar inimizades e nem a garantir "sua segunda vinda" - era como se fosse um
grito de socorro, o mesmo que agora será atendido -, tanto que até o B-Negão
entrou na briga: "Chega junto na campanha do novo disco do meu irmão
Gustavinho de Nikity, que, com a produção no estilo peso-pesado da firma de
Alexandre Basa, a chance de termos mais um clássico pelos matemáticos intergalácticos
é de mais ou menos 220%!". É fazer parte desse sonho coletivo!!! Confira
o vídeo da campanha na página do Catarse.
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