terça-feira, 26 de março de 2013

#69

Shibatonics: das galerias aos palcos

Formada por um grupo entre cinco e 12 artistas plásticos, a banda de rock experimental pinta um som sem “responsa” e na base do improviso; tudo feito no descompasso da hora. Shibas!!

Fruto de uma amizade dos tempos da faculdade, a banda Shibatonics começou a se desenvolver ainda em 2003, quando Noé Klabin chamava seus amigos Peu Mello e Duda Gaspar para fazerem um som em sua casa - algo bem descompromissado, como teria de ser. Posteriormente, ao longo dos anos, vieram Antonio Bokel, Gabi Mazzure, André Coelho, Bernardo Ramalho, Marcos Correa, Eduardo Viegas e Soneca, e o Shiba tomou forma e ganhou força, mas seguiu sem grandes pretensões. Isso porque, a banda de rock experimental, além de ser formada somente por artistas plásticos, se caracteriza justamente pelo improviso e pelo “feito na hora”, como se a informalidade servisse de tinta para uma tela de amor à música. Descontrações e muitas festas à parte, o próximo show dos Shibatonics marcará uma ocasião especial, já que será o primeiro realizado em um teatro. Aos interessados ou não, a jam ocorre nesta quarta-feira, às 20h30, no Maria Clara Machado, no Planetário. “Fazer no teatro é só um novo espaço com lugar para sentar, embora as pessoas geralmente assistam em pé. Acho que vai ser legal, não sabemos o que vai sair até sair”, adianta o multiinstrumentista Noé Klabin. 


"Nossos encontros sempre são como uma jam session. Ensaio é tocar para a gente, nunca preparamos nada. A evolução é sempre positiva porque não temos nenhuma obrigação com o Shiba, tem épocas que um ou outro integrante viaja ou está ocupado com o trabalho e não pode comparecer e isso não é um problema. Não existe nenhuma cobrança e, por isso, que funciona sem estresse há tanto tempo”, afirma Noé, que completa: “O mais importante para a gente não é manter a harmonia musical e sim a harmonia entre as pessoas, um clima de amizade”. Apesar do clima de descontração e da falta de ambição em relação à banda, as apresentações dos Shiba não costumam passar despercebidas, tento em vista que o improviso sempre costuma render uma boa mistura na cozinha formada por baixo, bateria, guitarra, teclado, trompete, vozes e, é claro, interação com o público.


Apesar do sucesso feito nas festas por onde passaram, do positivo retorno por parte da galera e do comprometimento com a realização de um show em teatro, os Shibatonics parecem não precisar mais do que isso para se manter na ativa, ao menos, fazem questão de deixar isso bem claro. “A gente conversa sobre fazer um ensaio bem gravado, sendo isso o mais próximo de álbum que planejamos fazer. Não pretendemos ter músicas certas, cada show é um novo show inédito, uma surpresa e, às vezes, é bom, mágico e, outras vezes, é uma merda também. Mas, sempre isso é avisado antes de sermos contratados. Enfim, não nos responsabilizamos pelo o que vai acontecer no palco. As jams são momentos para nos divertirmos e nunca pode se tornar um trabalho. Não é uma função é uma diversão e uma terapia”, declara Noé ao responder quando o primeiro álbum da banda será lançado... no ar. É de quem ouvir. Saiba mais sobre a banda indo ao show!!!

Teatro Maria Clara Machado
Av. Pe. Leonel França, 240. (Planetário – Gávea)
R$ 20 (inteira)
R$ 10 (lista amiga)

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