quinta-feira, 27 de setembro de 2012

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Me Gusta traz Danny Daze ao Fosfobox

Um dos nomes mais comentados na atual cena eletrônica mundial, o DJ americano Daniel Gomez, mais conhecido como Danny Daze, desembarcou em terras brasileiras para celebrar seu aniversário e os 14 anos de carreria com uma série de apresentações pelas pistas do país, e o Rio de Janeiro, claro, não poderia ficar de fora. Após literalmente quebrar o Warung Beach Club, em Florianópolis, e a festa 5uinto, em Brasília, Daze chega à cidade maravilhosa como a primeira atração internacional da festa Me Gusta, que realiza sua nona edição nesta sexta-feira (28/09) no Fosfobox. O residente Pedro Piu (D-Edge) - com seu projeto Brazilian Wax -, a DJ Sassah (Campinas) e o “mestre dos mestres” Mauricio Lopes completam o line-up do que promete ser uma noite memorável. Antecipe-se e garanta seu ingresso, que a caixa preta ficará pequena.

“É a primeira atração internacional da Me Gusta. O intuito sempre foi e será valorizar os DJs nacionais, mas muitos amigos e frequentadores comentaram sobre o Danny Daze, sabendo que o mesmo iria fazer um tour pelo Brasil. Aí, eu fui atrás do artista para poder atender-los”, aponta o produtor Fernando Deperon, idealizador da festa, ao falar sobre o "pedido" Danny Daze, DJ que começou a tocar aos 13 anos de idade. “Essa evolução representa a união das pessoas que estão por trás do evento, que está crescendo cada vez mais. Devemos isso ao curador e residente do evento Pedro Piu, Ian VJ Brainstorm, Patrick Gomes (foto), Fosfobox e, principalmente, aos nossos exigentes degustadores”, completa o produtor, que celebra seu aniversário nesta noite.

Dono da frase “os verdadeiros DJs não são bronzeados” e do aclamado “Your Everything” - o EP mais vendido de 2011, lançado pela gravadora Hot Creations -, o jovem veterano DJ americano, que vem de Miami, na Flórida, também é tido como um “studio nerd” (nerd de estúdio), com mais de 30 lançamentos em seu nome (Hot Creations, Nervous Records, Slow Roast, Plan Music e muitos outros). Referência dentro do house e do techno, onde começou a ser influenciado pela cena de Detroid, Daze deve apresentar novos trabalhos em breve, como um remix para a dupla Mario & Vidis, outro para Justin Martin (dirtybird) e um EP pela Ellum Audio, gravadora em que ele trabalha ao lado de Maceo Plex (outro hitmaker do momento).

Seguindo a veia latina, explosiva e, acima de tudo, dançante da festa, assim como a sonoridade de sua principal atração, a Me Gusta desta sexta ainda tem espaço para novidades: “impactantes projeções, balinhas (de Cosme e Damião) e um belo café da manha regado a frutas”, como adianta Deperon, que não contém sua alegria em poder anunciar um nome como esses em sua festa. Me Gusta!


Fosfobox
Rua Siqueiro Campos, 143. - Copacabana

Ingressos antecipados:  R$ 35
La Cucaracha – Ipanema. R: Teixeira de Melo, 31H.
Boom Pro Arte – Botafogo. R:Voluntária da Pátria, 45 - 102A
Chilli Beans – Rio Sul. R: Lauro Müller, 116 - 2º piso
Stephanie Chile (Tijuca) - 91540928
Moira (Niteroi) - 81870259

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

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Festival do Rio: 400 filmes, uma cidade

Adoradores da sétima arte alvoroçados para a chegada de mais uma edição do já famoso Festival do Rio, que teve sua sessão de gala realizada na noite da última quarta-feira (26) no Odeon – com “Gonzaga – De Pai Pra Filho”, de Breno Silveira (“2 Filhos de Francisco”) -, e apresentará 400 filmes em 30 espaços diferentes até o dia 11 de outubro. Trata-se do maior evento de cinema da América Latina, que, 14 anos depois, vive seu auge em termos de diversidade e, é claro, qualidade. Além de uma mostra competitiva com 12 longas e dez documentários, o festival destaca o thriller de horror de Francis Ford Coppola “Twixt”, com Val Kilmer e Bruce Dern no elenco. Spike Lee envia duas produções, um documentário sobre o álbum “Bad”, de Michael Jackson, e seu novo “Red, Hook, Summer”, que aborda a questão do fanatismo religioso. O primeiro filme de Angelina Jolie como diretora, intitulado “In The Land of Blood and Honey”, a nova produção de Oliver Stone, “Savages”, e o elogiado “Moonrise Kingdom”, de Was Anderssen, são outros títulos que se destacam na programação. Boas sessões amigos cinéfilos...

Com um investimento de R$ 10 milhões nos últimos quatro anos da patrocinadora oficial – a Rio Filmes -, o Festival do Rio nesta edição de 2012 também não ficará restrito às salas de cinema, já que a ideia é exibir filmes arenas, praças e, até mesmo, na praia de Copacabana – onde será apresentada a versão restaurada de "The Pleasure Garden" (1925), de Alfred Hitchcock, no dia 4 de outubro. Ao ar livre, esta única exibição terá acompanhamento da orquestra OSB Jovem. Já na Zona Norte, o CineCarioca Méier, no antigo Imperator e atual Centro Cultural João Nogueira, é uma das grandes apostas da organização para atrair mais público e superar os 250 mil da última edição. Entre os diversos temas espalhados entre as mostras, o cyber-ativismo entra em pauta com produções como os documentários: “We Are Legion: The Story of the Hacktivists”, um filme de Brian Knappenberger sobre a história do Anonymous, e “Wikileaks: Segredos & Mentiras de Patrick Forbes”, que aborda as ações do controverso site de Julian Assange.

Outro tema que marca presença na programação 2012 é a música, representada por filmes como “Shut Up and Play the Hits”, de Dylan Southern e Will Lovelace, que acompanha a banda LCD Soundsystem em seu último show no Madison Square Garden em 2011. “Neil Young Journeys”, de Jonathan Demme, seguiu a mais recente turnê do musico canadense, enquanto “Marley”, assinado por Kevin Macdonald e já lançado com grande sucesso nos Estados Unidos, resgata a trajetória do rei do reggae. Com sete produções, a música brasileira também está presente. Na Première Brasil, por exemplo, dois documentários musicais estão na competição: “Jards”, de Eryk Rocha (filho de Glauber), uma cinebiografia de Jards Macalé, e “Rio Anos 70”, de Maurício Branco e Patrícia Faloppa, que traz imagens antológicas da época da discoteca no Rio. Fora de competição, aparecem Siba – No Balés da Tormenta”, de Caio Jobim e Pablo Francischelli, Pernambucanos”, de Nilton Pereira de Melo, Partideiros”, de Luis Guimarães de Castro, “MPB de Câmara, Canção Brasileira”, de Walter Lima Jr., e Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, de Pedro Bial e Heitor D’Allincourt. É conferir a programação e sair na busca...

Mais informações e programação completa, Festival do Rio.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

#54

Livro-poster Canção: na transgressão

Para lançar a primeira edição do projeto, a artista e idealizadora Coral Michelin inaugura nesta terça, na Homegrown, uma mostra com 11 páginas originais do livro. Vai... virar festa, depois na Ya-ya High-fi!

Para celebrar o sucesso da realização e o lançamento da primeira edição do Livro-poster Canção, um projeto que reúne 21 “artistas muitophodas” da arte urbana, ilustração, design e artes visuais, a idealizadora e atuante Coral Michelin toma a loja-galeria Homegrown (Rua Maria Quitéria, 98) com uma exposição que destaca 11 páginas originais desta publicação, ou seja, 11 telas inéditas de 35 x 50 cm. A inauguração da mostra ocorre nesta terça-feira, das 18h às 22h, e a comemoração continua no Studio RJ (Av. Viera Souto, 110), onde ocorre a festa  Ya-ya High-fi, com o DJ residente Marcelinho da Lua e os convidados Marcus Menezes (Digital Dubs) e Sistah. É só chegar!!!


Que o livro-pôster reúne 20 trabalhos inéditos, tudo bem. Mas, onde entra o “Canção” nesta história? Na verdade, a música já estava lá e, inclusive, serviu de inspiração para pautar a criação dos artistas, que também tinham a “transgressão” como tema. “Convidei 20 artistas que fizeram as ilustrações que compõem o livro. São todas ilustrações inéditas, feitas por uma dupla formada entre esses 21 artistas (contando comigo). Cada artista fez dois pôsteres, com exceção da Tatiana Castro e do Pedro Jardim, que fizeram um cada um. Eu fiz a curadoria de artistas, dei a temática do livro e fiz a escolha das músicas, com sugestões super bem-vindas dos artistas que participaram mais ativamente”, detalha Coral (na foto abaixo).


Além da transgressão, da interação das duplas e das músicas de Elis Regina, David Bowie, Chico Science, Krafwerk, Sex Pistols e Miles Davis, entre outros, todos os artistas convidados possuem o Rio em comum, sendo eles cariocas ou não. “A maioria é carioca, mas nem tanto. Nós temos o Rio em comum. Eu sou gaúcha, Amaral é de São Paulo, Tuomas é finlandês, Stêvz é mineiro, etc. O fato de sermos de vários lugares enriquece a mistura e os olhares para o que é criado”, afirma a ilustradora, design e idealizadora do projeto, que contou com a colaboração de 200 “investidores” e conseguiu arrecadar mais de R$ 25 mil no crowdfunding (catarse) para fechar sua primeira edição, que, por sua vez, saiu com 550 exemplares e ficará restrita aos colaboradores (venda de apenas 10). Aos demais interessados, o jeito é conferir a exposição e esperar, já que outros virão. “O projeto terá continuações, mas em um formato diferente (não formato físico do livro, o formato do projeto em si), e sem periodicidade definida - a princípio uma vez por ano”, completa a Coral Michelin.



Os artistas da primeira edição do Livro-poster Canção: Ana Escorse, André Amaral, Bruno Big Carneiro, Carlos Bobi, Cláudio Gil, Coral Michelin, Estêvão Vieira, Gabriela Irigoyen, João Lelo, João Sánchez, Márcio Bunys, Mariana Mansur, Maurício Planel, Pedro Jardim, Pedro Themoteo, Rafo Castro, Tatiana Castro, Tuomas Saikkonen, Victor Rocmed, Vivian França e Wesley Combone.

Para mais informações: livroposter.blogspot.com.br

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

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Festas diferentes num funk só: Uh! Baile é ...

Fruto de uma união entre o Apavoramento Sound System, de John Woo, e o núcleo Eu Amo Baile Funk, de Matheus Aragão, a festa “Uh! Baile é Nosso IV” chega a sua quarta edição ainda mais ousada dentro de sua proposta: reunir diferentes festas e vertentes musicais em uma bagunça só... funk nas caixas! Depois de levantar o Circo em outras ocasiões, esse verdadeiro “festival de festas”, que ocorre nesta sexta-feira (21/09), ocupará todas as dependências do Clube Boqueirão, situado no Aterro do Flamengo. É festa na pista, no salão e, inclusive, na varanda, enquanto os sets dos djs vão do Hip Hop, House e Breakbeat americano ao Reggae e Dancehall jamaicano, passando pelo Calipso do Caribe e pelo Kuduro africano – tudo isso com a identidade do verdadeiro baile funk carioca. É Nosso!!!

Na maior pista do clube, a festa fica por conta da Shake Your Quadra, também fruto da parceria entre Apavoramento e Eu Amo Baile Funk, que convida o lendário paredão da equipe Pipos, O Encontro das Massas para apresentar Dadu & Lulinha (Eletrobase DJs), Mc Sabrina, Wobble DJs (Dubstep), Apavoramento A/V & Mc´s e Brazilian Wax + Ber Mc (Cartel). Como convidada, a conhecida festa Bootie Rio, produzida por Fabiano Moreira, toma o salão de festas com seus mashups e seus animados crew de Djs e Vjs, destacando a presença de Fernando Schlaepfer, Billy the Kid, André Pipipi, Luiz G-Vô e Folkatrua VJs. Já na varanda, de cara para lua e na pista Caramba, o som fica entre o moombathon e o calipso (não o do Chimbinha), com Nuvem DJs, Rádio Legalize, Bluntzilla e Matias Maxx (Fiesta Cucaracha!). É som que não acaba mais.

Reunindo inúmeras atrações e vertentes, como comprova esse mais que completo line-up da vez, a festa Uh! Baile é Nosso, verdadeiro sinônimo de “bagunça de responsa”, faz a cabeça dos cariocas com uma receita simples, mas de sucesso garantido – como explica o DJ John Woo, do Apavoramento: "Nossa intenção é resgatar as festas em clubes e tocar um som com a cara do Rio, como é o funk. Queremos mostrar a repercussão do ritmo mundo afora e como ele pode ser potencializado por influências estrangeiras, adventos tecnológicos e pelas mídias digitais". A boa? Na boa, dessa ninguém vai querer ficar de fora. 

Clube de Regatas Boqueirão (21) 2220-8480
Rua Jardel Jércolis, 50 - Aterro do Flamengo

Ingressos:R$ 40 (Na Porta)
R$ 25 (Antecipado)
BooM - Voluntários da Pátria, 45 - Botafogo)
Zona Sul: 7450-2502 e Centro: 7887-0801

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

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Festa anuncia “volta” dos Dzi Croquettes 

Há 40 anos, no auge da ditadura militar, um grupo, no mínimo, irreverente e alinhado à contracultura desafiava a tudo e a todos com seu conceito de criação coletiva e teatralização da subjetividade de seus integrantes (influência direta para o grupo Teatro Vivencial), os quais faziam da homossexualidade uma verdadeira bandeira de afirmação de direitos. Com o espetáculo “Gente Computada Igual a Você” (1972), originado de um show de cabaré, o chamado Dzi Croquettes, coletivo inspirado no conjunto norte-americano The Coquettes e no movimento gay da off-Broadway, fez uma revolução ao apresentar 13 exímios bailarinos homens, de barba e com cabelo no peito, vestidos extravagantemente de mulher e exaltando a feminilidade em suas performances. Pouco tempo mais tarde, nos palcos do Le Palace, na França, esse mesmo grupo passaria a impressionar também o mundo com seus ousados figurinos e suas inteligentes provocações.

Lá, essa família, liderada pelo coreógrafo americano Lenny Dale, ganhou inúmeros fãs e chegou a ser considerada “avant garde” (à frente de seu tempo) por ninguém menos que Liza Minneli, espécie de madrinha desses talentosos rapazes: Wagner Ribeiro, Cláudio Gaya, Cláudio Tovar, Ciro Barcelos, Reginaldo e Rogério di Poly, Bayard Tonelli, Paulo Bacellar, Benedictus Lacerda, Carlinhos Machado e Eloy Simões. Esse foi o momento ápice dos Dzi, que tiveram sua história resgatada há três anos com um documentário homônimo dirigido por Tatiana Issa e Raphael Alvarez e que, agora, voltam à tona com uma inusitada volta - a dos que não foram pelos que desejam ser. Para legitimar essa “retomada”, nesta quarta-feira (19/09) ocorre a festa 40 anos Dzi Croquettes, que, além de apresentar uma exibição exclusiva dessa nova formação e uma exposição com fotos e figurinos originais, ainda contará com os DJs Tatah Toscano (Boho), João Fernando (Fosfobox) e Leonardo Gattuso.

Apesar de toda euforia em torno da festa, esta noite não passaria de uma singela homenagem perto de toda relevância dos Dzi de outrora, enquanto essa nova formação surgiria apenas para matar a saudade, mas não suprir a falta de um “movimento” tão rico, inteligente e inovador como foi o das “internacionais”. Sob direção de Ciro Barcelos, um dos poucos integrantes que resistiu ao tempo e passou imune ao vírus da Aids – doença então reconhecida como “câncer gay” -, essa nova formação chega para estrelar um novo espetáculo, o “Dzi Croquettes em Bandália – Um Musical Eletrônico”, que estréia no dia 26 de outubro, na Sala Marília Pêra, no Leblon. Aliás, assim como Nelson Motta, Cláudia Raia, Pedro Cardoso, Gilberto Gil, Betty Faria e Liza Minneli, essa atriz que dá nome à sala também aparece no documentário sobre o grupo comprovando todo o seu feito. Segundo o ator Pedro Valério, um dos integrantes da nova formação, esse novo espetáculo é mais que uma homenagem ao grupo, é o retorno do mesmo. Pretensão? Talvez. Mas, além de marcar presença na festa, só nos resta aguardar e, posteriormente, conferir se essa volta do “movimento não dzista” consegue mesmo justificar todo o peso de uma história que jamais se perderá.




Teatro Odisséia – Av. Mem de Sá, 66. Lapa.
Ingressos: R$ 60 (inteira) R$ 30 (meia)
* Melhor figurino Dzi ganha prêmio.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

#53

The Gift: mais de Portugal no Brasil

Dentro da programação do ano de Portugal no Brasil, a banda The Gift volta ao Rio neste sábado (15/09) para um show no Studio RJ e, de quebra, nos conta mais sobre a carreira. Bué da Fixe!!!

Estreitando os laços entre as culturas coirmãs e legitimando de vez este novo ciclo de imigração lusitana no Rio de Janeiro, o ano de Portugal no Brasil, que começou no último dia sete e se estenderá até junho de 2013, chega para quebrar aquele velho estereótipo do “vira-vira” e apresentar mais de 20 “eventos portugueses” aos cariocas, como exposições de artes plásticas (‘Exposição Vieira da Silva’ e ‘Exposição Rui Chafes’) e de fotografias, festival de cinema, shows, ballet, encontros literários (‘Vozes da Literatura Portuguesa’), oficinas de teatro e intervenções urbana - como as de Alexandre Farto a.k.a Vhils, que virá para presentear a cidade com suas famosas esculturas em grafite e também promover algumas palestras. Após o show de abertura de Milton Nascimento com a fadista Mariza, realizado na última quarta (12), no Theatro Municipal, o intercâmbio segue à tona com a banda The Gift, que volta ao Rio para realizar uma única apresentação neste sábado no Studio RJ. “Ô Maria...” é, vai nessa para (re)ver. É mistura no mais puro azeite!!!


Após uma memorável participação na última edição do Rock In Rio e “em seu melhor momento” – como aponta o tecladista e baixista John Gonçalves -, o quarteto de Alcobaça, formado em 1997 a partir da busca por novas experimentações e sonoridades, chega ao Rio com a mesma energia do início da carreira, mas sem esconder a maturidade de seus 18 anos de estrada. “As influências de hoje são diferentes do que eram quando começamos. Hoje há muitas músicas, muitos grupos, muitas sonoridades e tudo acessível de vários pontos do globo para Alcobaça - nossa pequena terra natal. Ao fim de todos estes anos temos uma sonoridade própria e tentamos sempre encontrar a nossa voz em cada disco ou espetáculo que fazemos. A Sónia, como vocalista, tem uma grande versatilidade e isso é uma característica que é nossa. Além disso, as composições e a maneira como utilizamos vários instrumentos e várias estéticas também é algo que consideramos parte essencial da nossa música”, descreve John, exaltando que a busca pelo novo, inclusive, se sobrepõe ao forte regionalismo lusitano, tanto que os The Gift cantam em inglês e, é claro, em português pá!


Formada pelos irmãos John e Nuno Gonçalves (tecladista e compositor), Miguel Ribeiro (guitarrista) e Sónia Tavares, a família The Gift, que mantém sua formação desde 1998 e já foi premiada com um Globo de Ouro e um MTV Europe Award, chega ao Brasil pela quarta vez em um momento de muita produtividade, incluindo a maternidade de sua carismática vocalista. Em menos de dois anos, foram dois álbuns lançados, uma turnê internacional e muitas apresentações memoráveis. “O disco ‘Primavera’ (2012) foi gravado em 10 dias e partiu de composições ao piano que Nuno tinha escrito. A estética foi definida antes e teria piano, voz íntima, guitarras acústicas, algumas eletrônicas subtis... Mas, não era claro que fossem editados esses temas num disco e ainda estávamos – como estamos – em plena turnê de ‘Explode’ (2011). A verdade é que gostamos muito do resultado e resolvemos editá-lo”, revela o baixista, que ainda explica a diferença entre os dois últimos trabalhos: “O disco ‘Explode’, gravado uns meses antes, é a antítese de ‘Primavera’, pois é uma grande produção, gravada em vários meses e produzida por Ken Nelson, que já trabalhou com Coldplay e Kings of Convenience. No entanto, ambos os discos tem em comum a ambição e a satisfação artística que muito nos preenchem neste momento”.


Morando no Rio de Janeiro há alguns meses, assim como muitos outros jovens portugueses, John Gonçalves não esconde a alegria de vivenciar outras culturas e também poder levar a sonoridade de sua banda para outros cantos. “Eu vivo no Rio desde Março e adoro a cidade. Aliás, todos nós adoramos. Achamos que é uma cidade que está em constante mudança e evolução cultural, com vários público, com musica e concertos muito atuais. Antigamente, pensava se que tudo era meio restrito a São Paulo e, neste momento, penso que o Rio está no mesmo nível. Ambas as cidades começam a ficar no nível de grandes cidades europeias e americanas. O ‘Queremos’, por exemplo, tem feito um trabalho notável em trazer projetos alternativos de qualidade” afirma John, que também faz questão de exaltar a importância do Ano de Portugal no Brasil: “O evento tem como objetivo mostrar o novo lado de Portugal, o lado mais moderno e o lado menos conhecido ao publico brasileiro, que, hoje, também é diferente do que era há uns anos atrás. É mais atento, mais informado e ambos os lados do atlântico tem noção que há preconceitos que não correspondem à realidade. Penso que num futuro próximo, Portugal e Brasil tem que olhar de frente e de braços abertos”.


“Ao fim de 18 anos, poder conquistar uma nova cidade e um novo país é a maior motivação que existe para um musico. Nós vamos dar o nosso melhor, a melhor energia e proporcionar a quem nos vê uma noite ‘histórica’”, garante John.

Saiba mais sobre o trabalho no site oficial dos The Gift

Studio RJ (21) 2523 1204 
Av. Vieira Souto, 110. Arpoador.
Ingresso: R$ 40 (inteira) R$20 (lista amiga)
http://studiorj.org/index.php

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

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Skatalites chegam para tocar fogo no Circo

Em 1962, quando a antiga colônia britânica e província da Federação das Índias Ocidentais se tornou Jamaica, um grupo de jovens da chamada “primeira geração” se reunia para dar início a um estilo musical que mudaria o mundo a partir dessa pequena ilha caribenha, então reconhecida somente por seu açúcar mascavo. O ritmo criado foi o ska, vindo do Jamaican Boogie (um R&B local), e a banda Skatalites, uma verdadeira fundação que abrigou inúmeros gênios de diferentes gerações ao longo de sua trajetória. Quase meio século depois, em sua quinta visita ao Brasil, a lendária banda volta ao Rio de Janeiro para matar a saudade do público carioca com mais uma memorável apresentação. Ao menos, para quem aparecer neste sábado (08/09) no Circo Voador, que ainda receberá a Abayomy Afrobeat Orquestra.

A importância do ritmo criado pelo Skatalites foi tanta que, além ajudar a fixar a identidade cultural e colocar a Jamaica no mapa ("Man in the Street" no top ten britânico em 1964), ainda serviu como base para todos os outros gêneros posteriores, caso do famoso roots reggae, do rocksteady, do dub, do ragga e todos os demais. Com o saxofonista Lester Sterling e a cantora Doreen Schaffer representando os tempos de Alpha Boys, instituição católica onde a banda começou, os Skatalites chegam para fazer o Circo pegar fogo com suas clássicas pedradas, caso de “Latin Goes Ska”, “Eastern Standart Time” e “Phoenix City”, entre outras.  

Já a banda Abayomy Afrobeat Orquestra, criada especialmente para a primeira edição do Fela Day – evento internacional que celebra o nascimento do músico nigeriano Fela Kuti, criador do Afrobeat -, reúne 13 integrantes para apresentar um repertório cheio de clássicos do gênero genuinamente africano, que, neste caso, também é marcado pelas referencias brasileiras e, é claro, pela essência carioca. Nos intervalos, a discotecagem fica por conta da festa Xacará Xirê. É tomar o chá e se mandar para lá!

Circo Voador - Arcos da Lapa, s/n. Lapa.
Ingressos:
R$ 120 (inteira)
R$ 60 (meia/ ou 1 kg de alimento)
Abertura: 22h

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

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Arte urbana do IOR faz a cabeça dos cariocas

Quem passou pelo Aterro do Flamengo nestes últimos dias certamente já pôde ver a escultura de uma cabeça humana de 12 metros de altura nas águas da praia de Botafogo. A obra em questão é a “Awilda”, assinada pelo artista plástico espanhol Jaume Plensa, o mesmo que levou imensas telas de LED (que jorram água) às ruas de Chicago. Além desta “nova Iemanjá” - definição do próprio artista -, o projeto “Outras Ideias para o Rio” (OIR, espécie de RIO às avessas), que começa oficialmente nesta sexta-feira (07/09), também conta com outras cinco intervenções urbanas espalhadas pela cidade, as quais ficarão expostas por mais dois meses (02/11).

A galeria a céu aberto do projeto OIR, que conta com curadoria de Marcello Dantas e funcionará como uma bienal de arte pública até 2016, ainda conta com intervenções do inglês Andy Goldsworthy, na zona portuária, do japonês Ryoji Ikeda, no Arpoador (somente nos dias 7, 8 e 9/09), e do brasileiro Henrique Oliveira, em Madureira. Já o americano Robert Morris, um dos nomes mais relevantes dentro do Minimalismo, ficou responsável pelo labirinto de vidro instalado no meio da Cinelândia.

De acordo com o curador Marcello Dantas, o projeto não estipulou nenhum padrão em relação às obras apresentadas, ou seja, os artistas tiveram total liberdade para desenvolver suas criações e, inclusive, escolher os locais onde elas ficariam alojadas. O músico e produtor britânico Brian Eno, por exemplo, escolheu os Arcos da Lapa. O artista mais "famoso" desta primeira seleção do OIR, que até virou título de uma faixa do grupo MGMT – a qual, ironicamente, fala que sempre estamos um passo atrás dele -, se responsabiliza pela projeção de nada menos que 77 milhões de pinturas digitais entre os dias 19 e 21/10. Ficamos no aguardo, Brian Eno.

Acesse o site oficial do OIR

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